Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CARLA FERREIRA SILVA DOS SANTOS
18/11/2016 11:35
As principais sequelas advindas do trauma cranioencefálico (TCE) podem ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e comportamentais/emocionais. As físicas são diversificadas e podem ser visuais, motoras, entre outras; já as cognitivas incluem diminuição da memória, dificuldades de aprendizagem, entre outras; e as comportamentais/emocionais são a perda de autoconfiança, depressão, ansiedade, dificuldade de autocontrole, além de irritabilidade e agressão. O estudo objetivou avaliar a validade de conteúdo e clínica do diagnóstico de enfermagem “Controle emocional instável” nas vítimas de trauma cranioencefálico atendidas ambulatorialmente utilizando-se o modelo de Fehring (1987) para a validação. A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: validação de conteúdo e validação clínica. Participaram da validação de conteúdo 31 expertos que responderam a um instrumento que continha dados de identificação profissional e de validação do diagnóstico “Controle emocional instável”. Quanto à estrutura taxonômica maioria dos expertos considerou o domínio 05 (Percepção/cognição), a Classe 4 (Cognição) e o enunciado (Controle emocional instável) adequados ao diagnóstico. Foram sugeridas modificações na definição atual do diagnóstico de enfermagem em estudo. Duas características definidoras foram consideradas principais (afastamento da situação social e expressão de emoções incoerentes com o fator desencadeador) e 11 secundárias (afastamento da situação profissional, ausência de contato com o olhar, choro excessivo sem sentir tristeza, choro incontrolável, choro involuntário, dificuldade de usar expressões faciais, embaraço relativo à expressão das emoções, lágrimas, risadas em excesso sem sentir felicidade, risadas incontroláveis e risadas involuntárias. O escore total do diagnóstico “Controle emocional instável” foi de 0,69. A etapa de validação clínica foi constituída por 40 pacientes em dois grupos distintos de TCE leve (N=20) e TCE moderado (N=20). Para comparação de proporções entre grupos foi utilizado o teste Z (dois grupos) e com correção de Bonferroni (quando 3 grupos). As características consideradas principais para o grupo de TCE leve foram: afastamento da situação profissional, afastamento da situação social, embaraço relativo à expressão das emoções, expressão de emoções incoerentes com o fator desencadeador. Já os secundários: ausência no contato pelo olhar, choro excessivo sem sentir tristeza, choro incontrolável, choro involuntário, dificuldade de usar expressões faciais e lágrimas e as irrelevantes concerne a risada em excesso sem sentir felicidade, risadas incontroláveis e risadas involuntárias. Quanto ao grupo de TCE moderado foram identificadas as seguintes características principais: afastamento da situação profissional, afastamento da situação social, choro excessivo sem sentir tristeza, embaraço relativo à expressão das emoções, expressão de emoções incoerentes com o fator desencadeador. Sete características definidoras foram consideradas secundárias: ausência no contato pelo olhar, choro incontrolável, choro involuntário, dificuldade de usar expressões faciais, lágrimas, risadas incontroláveis e risadas involuntárias. Tem se como escore total para o grupo de TCE leve e TCE moderado respectivamente: 0,74 e 0,74 considerado validado para a Taxonomia da NANDA-I. Conclui-se que são evidências fortes do diagnóstico “Controle emocional instável” o afastamento da situação profissional, afastamento da situação social, embaraço relativo à expressão das emoções, expressão de emoções incoerentes com o fator desencadeador.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19157-1ea35eac9d