Banca de DEFESA: ELAINE ALMEIDA DE JESUS BARROSO
05/11/2016 23:04
O foco desse estudo recai sobre a produção de conhecimento do Serviço Social no Brasil, tendo como objetivo analisar produções de assistentes sociais inseridos em espaços não acadêmicos. Para tanto, foram analisados trabalhos apresentados/publicados nos Anais do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), no período de 2001 a 2013. As relações que permeiam a produção do conhecimento e o exercício profissional apresentam a iteratividade da formação sócio-histórica brasileira, que supera a condição de cenário, pois é ativa e favorece o desenvolvimento do Serviço Social que é refletido na produção do conhecimento da profissão. Os aspectos históricos que delineiam o movimento da profissão, no âmbito interventivo e acadêmico impactam produção do conhecimento do Serviço Social. Partindo-se desse pressuposto defendem-se duas hipóteses, quais sejam: a) apesar de estabelecida a importância da dimensão investigativa nos documentos-base da profissão, os profissionais inseridos em espaços ocupacionais não acadêmicos carecem de melhor apropriação para a produção de conhecimento; b) embora esteja ocorrendo um aumento no número de produções de assistentes sociais inseridos nesses espaços, persiste uma insuficiência significativa dessa produção. No desenvolvimento dessa pesquisa foram adotados procedimentos metodológicos que a caracterizam como estado da arte, utilizando-se de fontes bibliográficas e documentais como subsídios para a análise, que considerou o enfoque quanti-qualitativo e que se fez em consonância com o método dialético. Os resultados encontrados demonstram uma conexão com a literatura sobre o objeto no tocante ao quantitativo de produções, apresentando crescimento ao longo das edições. No entanto, ao delimitar a produção do assistente social inseridos em espaços não acadêmicos vê-se a pouca representatividade desses profissionais nesse cenário, o que fortalece a necessidade de uma maior apropriação da dimensão teórico-metodológica por parte desses profissionais para a superação da segmentação da categoria entre "os que pensam" e "os que fazem".
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