Banca de DEFESA: JUCIMARA ARAUJO CAVALCANTE SOUZA
08/09/2016 15:47
O presente trabalho orienta foco sobre os Xokó, localizados na ilha de São Pedro, região do baixo Rio São Francisco, no estado de Sergipe, trata-se de uma pequena comunidade indígena que passou por um processo de retomada territorial no final da década de 1970, tendo na Igreja católica - vertente teologia da libertação - seu principal instigador e apoio político. A Igreja nesse sentido desempenhou um papel diametralmente oposto ao seu passado missionário, agora positivando a diferença em tons de reparação. Com a recuperação do território, os então caboclos da Caiçara passaram gradativamente a se reorganizar enquanto coletivo indígena. Desse modo, através de incursões etnográficas na comunidade, essa pesquisa teve por objetivo refletir sobre as novas formas de organização social que se forjaram entre os Xokó a partir de dois processos observados: a retomada do ritual do ouricuri e a escolha de um novo cacique em contexto ritual. A proposta se dá sob a hipótese de que esses processos, após reconquista do território, contribuíram para que a comunidade investisse cada vez mais esforços numa certa forma de “fortalecimento da cultura”, o que envolveu um aprofundamento na linguagem ritualística do toré em sua variante, o ouricuri.
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