Banca de QUALIFICAÇÃO: FÁTIMA REGINA ZAN
05/09/2016 10:23
Na antiguidade a utilização da identificação dos produtos por região, já era uma característica
utilizada na demonstração de notoriedade dos produtos. Mas foi na idade moderna, no ano de
1756 que Marquês do Pombal, primeiro ministro de Portugal, com o intuito de proteger o Vinho
do Porto, contra falsificações, criou e agrupou os produtores em torno da Companhia dos
Vinhos do Porto e demarcou a Região do Douro. A região obteve o direito á exclusividade de
produzir o vinho do Porto, passando a ser protegida contra as falsificações, contando ainda com
um sistema de controle e certificação. A Europa é considerada o berço das Indicações
Geográficas, referência para outros países, que passaram a utilizar este mecanismo de proteção
de produtos de origem e promoção do desenvolvimento local. No entanto, verificou-se um
grande avanço na implementação de IGs, em nível mundial, a partir da entrada em vigor do
Acordo Relativo dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
(ADPIC/TRIPS), em 1995. Consequentemente, os membros da Organização Mundial do
Comércio (OMC), passaram a ter obrigatoriedade de criar mecanismos, ou seja, um marco
jurídico nacional de proteção de propriedade intelectual e regulamentação de utilização da
marca coletiva criada através das Indicações Geográficas. Além da proteção de Propriedade
Intelectual, o sucesso de uma Indicação Geográfica depende da Gestão Estratégica. A
implementação de estratégias no âmbito das organizações associativas, depende do
envolvimento de todos os stakeholders para obter resultados eficientes e eficazes. No caso das
Indicações Geográficas, as Entidades Gestoras/Certificadoras constituídas gerenciam as
atividades coletivas, mas os agentes econômicos trabalham individualmente buscando
alternativas para manter a competividade no mercado dos seus próprios negócios. O presente
Projeto de Tese tem como objetivo a construção de um modelo de gestão e processo de
avaliação do alinhamento estratégico baseado em indicadores, como ferramenta para subsidiar
as Entidades Gestoras/Certificadoras das indicações geográficas num contexto das relações
interorganizacionais e o ambiente interno. Pretende-se assim encontrar respostas para a questão
da pesquisa: Como as ações de gestão, tanto coletivas como individuais, podem garantir o
sucesso das Indicações Geográficas e dos Agentes Econômicos? O modelo teórico a ser
construído tem como base o Modelo de Maturidade de Luftmann(2000). As informações e
dados, documentos e percepções, estão sendo coletados no âmbito nas Indicações Geográficas
de vinhos, em Portugal e no Brasil.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e