Banca de QUALIFICAÇÃO: MERCIA FREITAS ALVES
24/08/2016 09:19
O objetivo deste trabalho foi caracterizar quimicamente, avaliar a diversidade genética e a atividade antifúngica do germoplasma de Myrcia lundiana coletadas no munícipio de Areia Branca/SE. Grande diversidade química foi observada entre as plantas de Myrcia lundiana estudadas. Os compostos encontrados em maior quantidade foram ácido nerólico, neral, geranial, isopulegol, iso isopulegol, 1,8-cineol e β-pineno, que definiram a formação de três grupos de acordo com a composição química e análise de agrupamento. O óleo essencial das plantas pertencentes ao grupo II inibiu 100% do crescimento micelial de Lasiodiplodia theobromae, após 96 horas de incubação. Foi extraído DNA de 28 indivíduos, através do método CTAB 2%. Foram testados 35 primers, onde 20 deles foram polimórficos, resultando em 135 bandas polimórficas e informativas. Através da análise de agrupamento pela Média Aritmética Não Ponderada as plantas foram divididas em quatros grupos. Na matriz de similaridade de Jaccard houve variação de 0,15 a 0,87. As plantas MLU-014 e MLU-015 apresentaram baixa diversidade genética com índice de similaridade de 0,87. Já os pares de plantas MLU-007 e MLU-019, apresentaram maior diversidade, com índice de similaridade de 0,15. Observou-se a divisão de três grupos distintos, de acordo com a análise do Structure, sendo as plantas MLU-026 e MLU-028 as que apresentaram uma mistura de materiais genéticos dos três grupos. A diversidade genética das plantas de M. lundiana é média, sendo necessária sua ampliação. As plantas MLU-026 e MLU-028 são as mais indicadas para seleção em programa de melhoramento dessa espécie, por representar claramente toda diversidade presente nas plantas. Os óleos essenciais de três quimiotipos de M. lundiana: MLU-005, MLU-019 e MLU-022 e os compostos majoritários 1,8-cineol, isopulegol e citral (neral + geranial) exibiram atividade antifúngica sobre os fungos Fusarium pallidoroseum, Fusarium solani e Colletotrichum musae. Foi possível confirmar que tais compostos são responsáveis pela atividade exibida pelos óleos essenciais que os contém, causando assim danos celulares aos fungos. Deve-se ressaltar que não se pode descartar a possível atividade antifúngica das substâncias minoritárias presentes no óleo essencial da espécie estudada. Assim, de acordo com os resultados alcançados nesse trabalho, existe a indicação de boas perspectivas para uso do óleo essencial de M. lundiana, podendo o mesmo ser utilizado em formulações para uso na agropecuária.
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