Banca de DEFESA: GRECIANE NERES DO NASCIMENTO
14/08/2016 15:42
As pessoas que vivenciaram um lugar com arte rupestre, em algum momento, experimentaram diferentes relações e sensações entre corpo-pintura-pedra. A arte rupestre materializada nos invade, nosso corpo é atravessado pela visibilidade do invisível, do não dito. O objeto deste estudo segue este caminho. Nele, mergulho nas cores das pinturas rupestres do Complexo Arqueológico Lagoa da Velha, localizado no município de Morro do Chapéu, estado da Bahia. Busquei perceber a existência de critérios de intencionalidade no uso das cores na arte rupestre e as possíveis inter-relações entre essas cores, a paisagem e o corpo, considerando a pintura como resultado/produto da interação entre artistas e paisagem. Neste volume busquei perceber as diferentes relações entre cores e corpo na experiência estética, tanto na produção quanto na recepção das pinturas rupestres, em uma perspectiva fenomenológica, evidenciando sua dimensão sensorial. A partir de uma abordagem engajada e através uma narrativa em primeira pessoa, procurei perceber as pinturas e sua inserção na paisagem a partir das relações e conexões entre motivos, conjuntos e cenas. Também foi objeto desta pesquisa, observar o modo como esses elementos podem revelar intencionalidades e preferências das pessoas que os produziram, bem como agir sobre as pessoas que os percebem.
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