Banca de DEFESA: RICARDO SANTOS DE ALMEIDA
15/08/2016 09:43
Essa pesquisa explica a produção do espaço rural alagoano a partir da ocupação e uso da
terra pelo agronegócio canavieiro. Considera-se que a atividade econômica agroindustrial é
alimentada pelos privilégios do grupo social que controla a política, expondo, dessa forma,
os tentáculos políticos dessa atividade econômica no estado. A relação entre o sistema
econômico do engenho de açúcar (aqui considerado na sua relação com o sistema político) e
o processo de reestruturação produtiva realizado desde as duas últimas décadas do século
XX, vem explicar por que a atividade canavieira em Alagoas se mantém e sua relação com a
continuidade da pobreza, que é visualizada cotidianamente na paisagem. Ao mesmo tempo,
quais as estratégias encontradas pelos trabalhadores rurais sem acesso á terra para se
reproduzirem socialmente. As resistências de movimentos sociais existentes no território nos
municípios Junqueiro, Campo Alegre e Teotônio Vilela, reafirmam a luta no campo em
terrenos de usinas ou de grupos empresariais canavieiros. Nessa direção, a pesquisa mostra a
inevitabilidade de interpretar o processo e as heranças históricas para desvendar os
rebatimentos da reestruturação produtiva do agronegócio na vida da população camponesa.
A sujeição da terra ao capital nessa realidade é um quadro viabilizado por ações políticas e
econômicas que demarcam o estado de Alagoas. Neste sentido, a reestruturação produtiva na
atividade canavieira traduz-se no fortalecimento do agronegócio reafirmando a permanência
da base oligárquica rural que há séculos exerce seu poderio sobre o território alagoano.
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