Banca de DEFESA: DENISE NUNES DE CAMPOS BUHLER
11/08/2016 10:42
O controle social do Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser considerado uma forma avançada de democracia, por determinar uma nova relação entre o Estado e a sociedade, de maneira que as decisões sobre as ações na saúde, devem obedecer prioridades e interesses comuns à comunidade. A questão que norteia esse estudo é a reflexão sobre a possibilidade de uma gestão participativa garantir de fato o cumprimento da democracia política no SUS, consolidando-se como prática efetiva. Com o objetivo de analisar como se expressa o controle social nos conselhos de saúde, decidimos recorrer às pesquisas já publicadas sobre o assunto, em que houvessem relatos de dados empíricos. Desta forma, foi possível construirmos um panorama sobre as atuações dos conselhos de saúde, no que tange ao controle social. A análise do levantamento de dados sobre o controle social, suscitou o questionamento de que, como pode uma proposta avançada, democrática, altamente politizada, ao ser colocada em prática, muito rapidamente ser envolvida por práticas que a própria proposta visa combater. Partimos então, para o entendimento da proposta do controle social, através do estudo sobre cidadania e democracia, e por outro lado, as condições de sua aplicação no Brasil. A pesquisa realizada nos mostrou que os conselhos de saúde, apesar da autonomia adquirida para propor e formar estratégias e atuar no controle e execução das Políticas de Saúde, em sua maioria ainda não conseguiu se apropriar de fato de tais práticas. Contudo, emerge a percepção de que, no que tange ao controle social, um caminho já está sendo feito, e embora em alguns casos, esse caminho mostre-se tortuoso, em outros podemos ver a busca por uma trajetória de comprometimento com a Saúde Pública e usuários em geral.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e