Banca de QUALIFICAÇÃO: IRLA SUELLEN DA COSTA ROCHA
09/08/2016 09:09
As mudanças nas políticas públicas de cultura, entre os anos de 2003-2014, especialmente no que tange a política nacional de museus, trazem à baila as dinâmicas histórico-conceituais sobre o patrimônio histórico e cultural (FUNARI; PELEGRINI 2008 e 2009) e o crescimento dos museus no Ministério da Cultura (MinC). A presente pesquisa utiliza o Museu da Gente Sergipana como objeto empírico e locus de materialização das políticas culturais propostas pelo governo estadual, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo governo federal através da política nacional de museus. O texto inicia-se com uma retrospectiva histórica das políticas patrimoniais até o desenvolvimento e constituição de uma política específica para os museus. Tal dinâmica marca o processo de independência dos museus como instituição, até então a reboque do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No segundo capítulo, por meio das relações de poder nas quais o conceito de patrimônio e museus se articula, a instituição museal será problematizada como um lugar de tensões e ferramentas criativas e inovadoras para a promoção de novos objetos de consumo cultural. A inserção do museu à questão da dimensão econômica, do conceito de cultura estabelecido pelo MinC, e o uso social do patrimônio, principalmente referente às culturas populares no capitalismo (CANCLINI, 1983), por meio da introdução da Economia da Cultura (IBRAM, 2014) são abordados através da chamada teoria crítica da cultura, por meio das relações consensuais e referentes ao conceito gramsciano de hegemonia (COUTINHO, 2011) e a interpretação crítica da Indústria Cultural (BOLAÑO, 2000) sobre o patrimônio enquanto mercadoria-audiência.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19110-7eaa891a10