Banca de DEFESA: GABRIELA SILVEIRA ROCHA
01/08/2016 15:25
A modernização da agricultura, a integração do setor agrícola aos demais setores da economia, a emergência de novas atividades que foram acrescidas ao rural em adaptação à reestruturação produtiva da agricultura e o aparecimento de novas ruralidades alteraram as relações de trabalho no campo e também modificaram a forma de organização da agricultura familiar. Com base nessas mudanças, a noção de pluriatividade passou a ser usada para entender a multiplicidade de formas de trabalho que ocorrem dentro e fora da propriedade. Já que a pluriatividade incorpora conceitos de diversificação produtiva e de agricultura em tempo parcial, sendo consideradas atividades pluriativas todas as atividades exercidas por todos os membros dos domicílios, inclusive as ocupações por conta própria, o trabalho assalariado e não assalariado, realizado dentro e/ou fora da exploração agrícola. Frente ao contexto apresentado, este estudo analisa a repercussão da pluriatividade e do capital social utilizadas pelas famílias pluriativas para combater a pobreza rural e estimular o desenvolvimento local em sete municípios (Anagé, Belo Campo, Barra do Choça, Caraíbas, Planalto, Tremedal, Vitória da Conquista) do Território de Identidade de Vitória da Conquista. Para atingir esse objetivo, construiu uma concepção teórica fundamentada em autores da Geografia, da Economia e da Sociologia Rural que discutem as categorias território, capital social, desenvolvimento local/endógeno e a pluriatividades. A tese buscou respaldo teórico em Raffestin, Haesbaert, Sen, Amaral Filho, Schneider dentre outros, para discutir como o território pode ser usado por seus atores para gerar melhores condições de vida e combater a pobreza rural. Como procedimentos metodológicos foram utilizados instrumentos da pesquisa indireta (coleta de dados em instituições e órgãos públicos) e direta (operacionalizada com atores sociais e institucionais por amostragem aleatória); nessas etapas, foram aplicados questionários semiestruturados com os pluriativos e realizadas entrevistas com representantes das Secretarias de Infraestrutura, Agricultura e Planejamento das Prefeituras da região, sindicatos, associações e cooperativas. As conclusões apontam que houve no território uma melhoria da qualidade de vida com a adoção de práticas pluriativas e com a presença do capital social entre as famílias pluriativas. No entanto, não existe um planejamento formal e estratégico destinado ao território a fim de unir as famílias em torno da atividade pluriativa e do capital social para combater a pobreza rural.
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