Banca de QUALIFICAÇÃO: FERNANDO FILINTO MACHADO PINHEIRO
20/07/2016 10:12
RESUMO: O presente trabalho visa realizar uma análise hermenêutica e comparativa da formação histórica e conceitual da doutrina da predestinação na religião judaico-cristã e suas reverberações calvinistas nas igrejas modernas, a saber, a Presbiteriana do Brasil e Congregação Cristã no Brasil. A relevância deste trabalho, antes de tudo, consiste em situar a dimensão da religião e do sagrado como dimensão ontológica do ser humano. Para nossa reflexão destacamos o pensamento de Agostinho de Hipona, filósofo latino e o reformista teólogo João Calvino. O tema em apuro para esta reflexão é a Doutrina da Predestinação, cuja leitura calvinista é perpassada pelo pensamento de Agostinho de Hipona, figura relevantes na Patrologia latina, que influenciará o decurso do cristianismo, tanto aos teólogos católicos latinos medievais, como também aos reformistas modernos. A nossa investigação sobre a predestinação tem como ponto de partida examinar o processo histórico de acontecimento da formação do povo “eleito” no livro do Antigo Testamento que desencadeou na ideia de “predestinação” para a nova aliança. A indagação que norteia o percurso investigativo desta pesquisa nos faz buscar entender em quais bases conceituais surgiu o conceito de predestinação tratado amplamente na literatura paulina e também na filosofia de Agostinho de Hipona. Para obtermos as bases conceituais e históricas do conceito da predestinação utilizaremos o primeiro capítulo para realizar um mapeamento histórico no judaísmo com o objetivo de fundamentar os caminhos pelos quais nosso objeto de análise passou. Identificaremos nas bases epistemológicas e axiológicas da religião judaico-cristã a ampla noção de “povo eleito” como exclusividade da identidade judaica. Essa noção de eleição surge a partir do pacto que Deus faz com o povo judeus conforme as alianças, abraâmica, mosaica e davídica. Tais instituições proféticas, exercem na história do povo escolhido o papel relevante na formação do povo eleito, predestinados a viver na terra prometida e em unidade com seu Deus. O cristianismo assenta suas bases na cultura judaica, razão pela qual Paulo de Tarso faz analogia entre o povo eleito e os predestinados pela redenção cristã.
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