Banca de DEFESA: GLEISE CAMPOS PINTO SANTANA
05/07/2016 09:56
Esse estudo analisa a inserção do capital financeiro no campo a partir do crédito consignado destinado aos aposentados rurais. O propósito é avaliar a funcionalidade da aposentadoria rural no contexto atual das relações capitalistas, tendo em vista que o aposentado tem acesso direto ao sistema de crédito que cada vez mais aprisiona a sua renda tornando-o refém do sistema financeiro. A pesquisa reconhece a dinâmica da produção do espaço e destaca a importância de desnudar suas formas de produção diferenciadas. Assim sendo, entende-se que o espaço rural vem sendo incorporado ao sistema sociometabólico do capital, cada vez de forma mais dinâmica, expondo as relações combinadas que favorecem a sua reprodução ampliada. O campo, nesse interim, aparece como o lugar a ser modificado. Toda sorte de investimentos “alternativos” à produção camponesa é sugerido. Destaca-se que, combinadamente à lógica do desenvolvimento rural na atualidade, um propósito de mascaramento da centralidade que a terra continua a exercer para a reprodução social das populações que vivem nessa parcela do espaço, se apresenta como central para o Estado e o capital. Diante disso é que se faz necessário analisar o espaço rural como parte da totalidade, de modo a expor sua dependência em relação ao Estado e ao mercado. Esse Estado aliado do capitalismo,tem colocado os idosos aposentados do espaço rural cada vez mais preso ás amarras da financeirização, uma vez que junto com a conquista da aposentadoria rural assegurada pela Seguridade Social, vem o fetiche do dinheiro fácil do sistema de crédito. Nos limites dessa dependência a aposentadoria rural ganha relevância social e importância econômica no campo brasileiro.
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