Banca de DEFESA: ANSELMO LIMA DE OLIVEIRA
04/07/2016 14:41
Na escola tem giz, mas tem muito mais. Na escola tem quadro negro, verde e até de lousa, mas tem muito mais. Na escola tem sala, quadra de esporte, mas tem muito mais. Na escola tem livros, biblioteca, mas tem muito mais. Na escola tem professor@s, alun@s, funcionári@s, mas tem muito mais. Na escola tem pessoas e sem elas tudo é vazio, tudo perde o sentido. As pessoas aprendem matemática, biologia, português, mas aprendem muito mais. As pessoas aprendem natação, futsal, capoeira, mas aprendem muito mais. As pessoas aprendem a ser gente. Gente que respeita, que não humilha, que abraça, beija. Essa gente tem corpo e um corpo que fala. Esses corpos têm sexualidades e são generificados. A proposta desta pesquisa é analisar os discursos sobre as temáticas gênero, corpo e sexualidade no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (CODAP/UFS). Como aportes teóricos foram utilizados referências pós-estruturalistas, tais como Foucault (1996, 2014, 2015a, 2015b), Louro (1997, 2000a, 2000b, 2001, 2003, 2004, 2010), Le Breton (2014), Butler (2000, 2003) e Paraíso (2009, 2012). A opção teórico-metodológica para o desenvolvimento deste estudo pautou-se na abordagem qualitativa, tendo como ferramenta de coleta de dados as entrevistas realizadas no CODAP/UFS, com treze participantes, sendo oito docentes e cinco discentes do ensino médio, além de uma psicóloga. Para a análise de dados foi utilizado o método de análise de discurso na perspectiva foucaultiana. As análises dos dados demostraram que os discursos biológico, religioso, pedagógico, científico, moralista atravessam as falas d@s participantes sobre as temáticas de gênero, corpo e sexualidade, produzindo representações que tanto se submetem quanto subvertem a heteronormatividade presente no Colégio.
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