Banca de DEFESA: HANDRESHA DA ROCHA SANTOS
18/04/2016 10:49
A agricultura familiar tradicional é reconhecida por sua potencialidade, sua
diversificação da produção e suas alternativas para geração de renda. Esse setor familiar
é sempre lembrado pela importância na absorção de emprego, na produção de alimentos
e sua inserção aos mercados. O presente estudo teve como objetivo evidenciar a
categoria ‘agricultura familiar’ tomando como objeto a unidade de produção e suas
características intrínsecas, tais como a questão da gestão, da estrutura fundiária, bem
como do perfil familiar. A proposta é analisar a taxonomia em estudos de casos em dois
municípios sergipanos, que foram definidos a partir de análises e estudos de
dissertações e teses, de dados do censo agropecuário e do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O recorte espacial escolhido para o desenvolvimento da
pesquisa foi, por sentimento de pertencimento e realidade vivenciada dos pequenos
produtores rurais, o município de Japaratuba, localizado na região do Vale do
Cotinguiba e, também, o de Moita Bonita, localizada no agreste Sergipano. Para tanto,
foi realizada uma pesquisa de base qualitativa e quantitativa, por meio dos seguintes
procedimentos: 1 - pesquisa bibliográfica, onde foi realizado um levantamento de
artigos científicos, dissertações, teses e autores que se correlacionam com a temática
abordada, permitindo um aprofundamento teórico que norteia o estudo; 2 - análise de
dados do Censo Agropecuário (2006) os quais serviram como fonte de dados para as
análises comparativas entre os municípios; 3 - trabalho de campo com realização de
entrevistas com atores sociais e institucionais; e 4 - aplicação de questionários junto aos
agricultores. Logo, a análise validou que os municípios pesquisados apresentam
características diferentes no desenvolvimento da agricultura familiar, em relação à
gestão, ao tamanho e à renda. Contudo, verificou-se que em Japaratuba e Moita Bonita a
questão da juventude rural no que tange ao processo de migração continua a ser um
entrave para o desenvolvimento no campo. Aliado a este processo, a falta de um
planejamento rural voltado para as políticas públicas, com restrições relacionadas ao
acesso ao crédito e ao o apoio social, político e econômico dificultam o
desenvolvimento da agricultura familiar. Foi diagnosticada a importância da inserção
tecnológica na unidade produtiva, onde é pertinente afirmar que, o tamanho dos
estabelecimentos não são determinantes no total da produção uma vez que, com a
inserção tecnológica, é possível otimizar o espaço e obter uma boa produção,
culminando em ganhos ambientais significativos e na obtenção dos resultados
econômicos.
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