Banca de DEFESA: ADRIANA SOUSA AMADO DE OLIVEIRA
22/02/2016 16:46
Em 1999 foi apresentado o relatório intitulado To Err is Human:
Building a Safer Health System pelo Institute of Medicine dos Estados Unidos, o qual
revelou dados da dimensão dos custos decorrentes de erros de medicação. No Brasil, em
2013, foi lançado o Programa de Segurança do Paciente, pelo Ministério da Saúde.
Incluso nesse programa, o Protocolo de segurança no uso, prescrição e administração de
medicamentos, o qual faz recomendações para tornar o processo de medicação mais
seguro. Objetivo: Analisar o processo de administração de medicamentos executado
por profissionais de enfermagem, segundo o Protocolo de Segurança na Prescrição, uso
e administração de medicamentos (Brasil, 2013) em unidades de terapia intensiva de um
hospital público de Aracaju. Materiais e método: Estudo com enfoque quantitativo,
descritivo e de corte transversal. Para coleta dos dados utilizou-se três instrumentos. O
primeiro com o objetivo de descrever fatores que interferem nos processos de preparo e
administração de medicamentos, o segundo, de observação das etapas de preparo e de
administração de medicamentos, e o terceiro, para caracterização dos profissionais de
enfermagem participantes da pesquisa. Foi possível observar 67 profissionais de
enfermagem durante o preparo e administração de medicamentos, totalizando 1159
doses observadas. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva. Resultados:
Em ambas as unidades a prescrição médica é do tipo padrão, a forma de dispensação de
medicamento é por dose unitária, a equipe de enfermagem não utiliza protocolos para o
preparo de medicamentos e não há rotina de notificação dos erros de medicação.
Ademais, observou-se que os itens de verificação para administração segura de
medicamentos que apresentaram maior média de adesão pelos profissionais de
enfermagem das unidades pesquisadas foram forma certa (98,38%), via certa (85,93%),
medicamento certo (65,09%) e dose certa (51,56%). Em contrapartida, as menores
adesões foram encontradas nos itens paciente certo (0,43%), registro certo (25,39%),
hora certa (34,24%) e orientação certa (40,32%). Conclusão: O processo de
administração de medicamentos analisado requer a construção de barreiras que possam
torná-lo mais seguro, principalmente em relação aos itens que apresentaram menor
adesão, bem como a criação de estratégias que possam fortalecer os itens de maior
adesão.
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