Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RITA SIMONE BARBOSA LIBERATO
DATA: 09/03/2016
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Aula do PPGED
TÍTULO: Saberes, diálogos e manejos: estratégias de sobrevivência na aldeia Cinta vermelha-Jundiba
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Povos Indígenas. Bem Viver.
PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Este trabalho objetiva compreender o agenciamento da identidade dos indígenas da aldeia Cinta Vermelha-Jundiba (CVJ) e o processo de (re)construção ou "retomada", como eles afirmam, dos saberes tidos como ancestrais para dialogar com a sociedade nacional e manejar o bem viver nos domínios étnicos, educacionais, alimentares e ecológicos. A CVJ é o primeiro caso no Brasil em que indígenas de diferentes etnias, Pataxó e Pankararu, compram terra para construir um projeto de vida. Compartilhando essa experiência desde 2005, nos seus 68 hectares às margens do Rio Jequitinhonha, as cinco famílias (oriundas de uma antiga prisão edificada pela ditadura militar para povos indígenas, conhecida hoje como Reserva Guarani) construíram no território casas circulares de telha, tijolo e cerâmica; um herbário e uma casa de saúde; roças baseadas no sistema da permacultura; uma escola, em parceria com o estado e, ainda, um calendário anual de projetos sociais. Tudo isso através de uma rede de parceiros que inclui movimentos sociais, instituições de ensino, universidades nacionais e internacionais, demonstrando que esses indígenas não estão tão isolados quanto se imagina, e que sofrem influências da rede externa, ao mesmo tempo em que a influencia. Este estudo é uma ampliação da investigação de mestrado realizada pela autora no Programa de Comunicação e Cultura da Ryerson University - Canadá (2009) e possui as seguintes categorias: etnicidade, gênero, educação, e bem viver. É uma pesquisa qualitativa resultante de observação participante, entrevistas semi-estruturadas e de grupo focal, pesquisa documental, artigos, teses e dissertações sobre o tema educação indígena e bem viver, na CVJ, no Brasil e exterior. O retorno para a comunidade será dado através da realização de três documentários participativos. A partir desta tese, propõe-se que as experiências da CVJ são capazes de nos fazer entender quais tipos de iniciativas a aldeia estudada aponta como saída para a crise do modelo educacional que os povos indígenas enfrentam no Brasil contemporâneo.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 731.071.581-00 - BERNARD JEAN JACQUES CHARLOT
Externo ao Programa - 1212624 - EDINÉIA TAVARES LOPES
Presidente - 1227719 - PAULO SERGIO DA COSTA NEVES