Banca de DEFESA: EMANUELA CARLA SANTOS
15/02/2016 08:48
As praças fazem parte do traçado das cidades ocidentais desde a Antiguidade. Caracterizam-se por proporcionar às pessoas um espaço de convivência e de contato com a natureza. As praças servem a diferentes usos, sendo ambientes versáteis e relevantes do contexto urbano. Em Aracaju, em diversos bairros, é possível observar como as praças se constituem em um rico espaço para o ambiente urbano, mostrando uma variada trama de relações de seus habitantes entre si e a cidade. As relações de poder que se estabelecem nas praças levam à formação de territórios. Neste contexto, a hipótese a ser defendida é que o conhecimento das territorialidades presentes nas praças constitui-se em elemento essencial à gestão mais eficiente. O objetivo geral da pesquisa é analisar as territorialidades das praças, relacionando-as às dimensões física e cultural. Como objetivos específicos, tem-se: revelar as territorialidades presentes nas praças aracajuanas; avaliar a localização, oferta de equipamentos presentes e a sua utilização nas praças; verificar como moradores e frequentadores realizam a apropriação simbólica das praças; analisar como as relações de poder influenciam no uso das praças aracajuanas. Para alcançar os objetivos expostos, o estudo foi aplicado em oito praças da Capital sergipana. A pesquisa foi composta de revisão bibliográfica acerca dos conceitos de espaço, território e territorialidade, levantamento de dados em campo e cruzamento de informações obtidas para indicação dos territórios existentes. Para verificar como são constituídas as territorialidades, foram utilizadas a matriz quali-quantitativa para avaliação das praças e entrevistas com moradores do entorno e frequentadores das praças analisadas. As relações entre materialidade e atores sociais estão presentes em todas as praças, das mais diversas formas. A dimensão de território que prevalece nas praças aracajuanas é a cultural, com a apropriação simbólica em diversos momentos do dia. Os territórios formados nas oito praças escolhidas para este estudo foram classificados em sete tipos: territórios da acessibilidade, territórios da atividade física, territórios do comércio, territórios da recreação infantil, territórios dos eventos, territórios religiosos e territórios topofóbicos. Conclui-se, assim, que analisar como as territorialidades se constituem torna-se uma importante ferramenta de gestão, já que permite avaliar como os transeuntes fazem uso da praça, tornando-os partícipes para a melhor gestão e aproveitamento desta importante categoria de área de lazer.
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