Banca de DEFESA: DOUGLAS VIEIRA GOIS
02/02/2016 17:30
O semiárido nordestino apresentou historicamente um quadro de exploração excessiva dos recursos naturais. Nesse contexto, atrelado as atividades predatórias exercidas sobre o quadro geoambiental vulnerável desta região surge um processo de degradação ambiental em grande intensidade, denominado desertificação. O processo degradacional supracitado consiste na degradação das terras em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, advindos de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as derivações antropogênicas, resultando em impactos negativos tanto para os domínios ambientais, como para a população por ela afetada. De acordo com o Programa de Ação Estadual de Combate a Desertificação (PAE-SERGIPE), no estado de Sergipe, o território do Alto Sertão Sergipano é uma área afetada pelos processos de desertificação. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou analisar os níveis de suscetibilidade à desertificação no município Poço Redondo, localizado no noroeste do estado de Sergipe, a partir da dinâmica da cobertura vegetal, no período compreendido entre os anos de 1987 a 2014. Para alcançar tal intento, com base na abordagem sistêmica em Geografia, foram utilizados múltiplos procedimentos metodológicos, a saber: revisão bibliográfica; pesquisa documental; elaboração e análise de documentos cartográficos, a partir de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento; além de trabalhos de campo para análise in loco dos indicadores de desertificação propostos. A degradação física será avaliada a partir dos seguintes indicadores: índice climático, erosividade das chuvas, erodibilidade dos solos e declividade. A degradação efetiva será avaliada através correlação entre os indicadores supracitados correlacionados as derivações antropogênicas e aos resultados do NDVI dos anos de 1987, 2006 e 2014. Portanto, tais indicadores subsidiaram a análise integrada das dimensões social e ambiental, propiciando a elaboração do mapeamento da suscetibilidade ao processo de desertificação, com vistas ao ordenamento ambiental do município estudado. Ademais, pode-se destacar que na área de estudo as principais causas da desertificação são o desmatamento, o sobrepastoreio, o sobrecultivo e a salinização de áreas irrigadas, processos que tornaram as áreas mais suscetíveis a essa modalidade de degradação ambiental.
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