Banca de DEFESA: MOACIR RIBEIRO DA SILVA
30/01/2016 18:50
Na Universidade de Kyoto, a partir da abertura do Japão ao ocidente na Era Meiji, um grande trabalho intelectual estabeleceu um diálogo produtivo entre o pensamento oriental e ocidental nos âmbitos da filosofia e da religião, a chamada “Escola de Kyoto”. Iniciado por Nishida Kitarō (1870 - 1945) e por seus discípulos Tanabe Hajime (1885 - 1962) e Keiji Nishitani (1900 - 1990) a Escola de Kyoto abriu uma nova discussão, a partir da problemática do Nada, sobre o sentido da Religião frente à crise niilista dos valores. Na obra “A Religião e o Nada” de Keiji Nishitani, se estabelece uma profunda reflexão a partir dos conceitos de Vacuidade e Deidade em Mestre Eckhart, proporcionando, assim, um frutuoso encontro entre o Zen- budismo e o Cristianismo. Esse encontro permite-nos pensar em uma interlocução promovida no contexto dessa obra, considerada a Opus Magnum de Keiji Nishitani, com a tradição cristã, figurada nessa mesma obra. Neste sentido, o Nada como um caminho interpretativo, de acordo com o pensamento nishitaniano, consiste em uma experiência marcada pela confluência de fatores como: um alargamento da visão de mundo mediante a compreensão transconceitual da realidade, identificada, pelo pensador, como “O ponto de vista da Vacuidade”. Com isso queremos, finalmente, pensar em que medida o pensamento de Nishitani permite, em confluência com o cristianismo, repensar a condição religiosa do homem moderno.
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