Banca de QUALIFICAÇÃO: ROBERTTA DE JESUS GOMES
01/12/2015 08:41
Na região Nordeste os festejos juninos apresentam elevada popularidade e ocorrem
alterações na configuração no espaço urbano. As ruas das cidades são ornamentadas
com bandeirolas, palhas de coqueiros, balões, artesanatos além da inserção de estruturas
para a instalação das “vilas de forró”. As noites ficam coloridas com os fogos de
artifício e as fogueiras. Dentre os municípios sergipanos, Estância, destaca-se com
tradições singulares durante os festejos juninos e com a produção de fogos. Os
fogueteiros exercem essa atividade em quatro bairros: Cidade Nova, Bonfim, Alagoas e
Porto D’Areia. Para além dos citados atores, os fogos de artifício estão enraizados na
identidade cultural dos residentes, evidenciado por meio da forca das redes de
sociabilidade entre os grupos familiares que trabalham com esse saber fazer e os demais
moradores. Analisar a produção de fogos como uma estratégia de reprodução de grupos
familiares geradora de renda alicerçada na tradição cultural constitui o objetivo geral. A
categoria Espaço e os conceitos de Redes e Identidade alicerçam esta pesquisa. Como
procedimentos metodológicos foi realizada umas revisões teóricas sobre os conceitos
entrevistam com produtores de fogos, membros das associações, alguns residentes,
comerciantes e representantes da Prefeitura Municipal. Os resultados parciais apontam
pela relevância da atividade como uma manifestação cultural impregnadas na identidade
dos produtores e consumidores do município e proporcionam a geração de renda
fundamental para a manutenção dos grupos familiares. Além disso, constatamos a
valorização dessa prática cultural com conquista do dia do Barco de Fogo (11/06) e o
título de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Sergipe e da revitalização do bairro
com monumentos que eleva a tradição da produção de fogos.
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