Banca de QUALIFICAÇÃO: VICTOR WLADIMIR CERQUEIRA NASCIMENTO
24/11/2015 08:23
Esta dissertação tem como objetivo analisar as bases da pedagogia da história de Michel Foucault no chamado “período arqueológico”. Esse período da obra foucaultiana se desenvolve na década de 1960 e engloba as obras História da loucura (1961), Nascimento da clínica (1963), Raymond Roussel (1963), As palavras e as coisas (1966) e Arqueologia do saber (1969). Parte-se das leituras que historiadores e pedagogos fazem do filósofo francês para, a partir dessas problematizações, encaminhar uma interpretação da obra do autor com vistas a esclarecer sua concepção de história e o papel que ela cumpre na formação de pessoas, ou seja, sua pedagogia da história. Assim, pretende-se analisar como a história das ciências desenvolvida na França constitui-se como ponto de partida para a démarche historiográfica de Foucault, em especial nas obras História da loucura e Nascimento da clínica, demonstrando como a história, por um lado, opera um sistema de exclusão social que tem por base o racionalismo da cultura Ocidental e, por outro, que existe uma estrutura que evidencia as teorias, discursos, práticas e sensibilidades de uma época. Analisar-se-á o conceito foucaultiano de história como “ponto de inflexão de nossa modernidade” em As palavras e as coisas e o modo como ele está inexoravelmente preso à uma equivocidade que lhe é constitutiva. Também será analisado o diagnóstico foucaultiano sobre as mutações dos saber histórico em nossa modernidade, desenvolvido em Arqueologia do saber, especialmente as questões relativas à metodologia historiográfica foucaultiana. Por fim, concluir-se-á com um apanhado das consequências dos principais conceitos foucaultianos relativos à história para uma pedagogia da história.
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