Banca de QUALIFICAÇÃO: GEISEDRIELLY CASTRO DOS SANTOS
18/11/2015 08:23
A dinâmica estuarina no estado de Sergipe favoreceu a formação de ambientes de Planícies de maré em todas as desembocaduras fluviais, nas áreas abrigadas da ação mecânica das ondas e que sofrem a influência do regime de marés. Em Sergipe os ambientes de Planícies de marés, colonizados por mangues, ocupam uma área estimada em cerca de 260 km². O objetivo da presente Tese em andamento é analisar a evolução da paisagem das Planícies de maré existentes no litoral Centro-Sul de Sergipe correlacionando a estrutura biofísica e interações humanas. Este objetivo geral é norteado pela seguinte Tese: As Planícies de marés do litoral centro-sul de Sergipe possuíram seus processos de formação modelados pelas derivações antropogênicas e influenciados pela dinâmica costeira, sendo totalmente distintos umas das outras mesmo possuindo assinaturas energéticas similares. Para comprovar a tese defendida, a pesquisa possui como procedimentos metodológicos preliminares, norteados pelo método da Geoecologia das Paisagens: Aquisição, processamento das imagens de satélite, criação dos shapes e construção dos mapeamentos temáticos; quantificação da área de cada uma das classes temáticas, confecção dos mapas termais; trabalho de campo e interpretação dos dados. A tese está estruturada em oito capítulos: Introdução (Capítulo 1); Referencial teórico (Capítulos 2 e 3); Caracterização integrada da área de estudo (Capítulo 4) e Capítulos de resultados (5,6,7 e 8). Neste trabalho já foram desenvolvidos os capítulos 1, 2, 3, 4 e 5. Encontram-se em andamento os Capítulos 3, 4 e 5. E ainda serão confeccionados os capítulos 6,7 e 8. Como resultados preliminares da pesquisa foi efetuada a caracterização da assinatura energética da área de estudo e análise evolutiva da Planície Maré entre os bairros 13 de Julho e Jardins. As análises mostraram que as assinaturas energéticas das Planícies de maré que compõem a área de estudo são similares, excetuando-se pelo índice pluviométrico e pelos tensores antropogênicos que atuam sobre a área de estudo. A análise evolutiva da Planície de Maré entre os bairros 13 de Julho e Jardins mostrou que Entre os anos de 1955 e 1984 não havia sido colonizada por mangue. Após a estabilização do pontal arenoso, por meio da ação antrópica, a área tornou-se abrigada da ação direta dos agentes fluviomarinhos permitindo a colonização e desenvolvimento do mangue sobre o substrato. Contudo, entre 2004 e 2014 ocorreu a erosão do promontório arenoso da Coroa do Meio, resultando no ano de 2014 na redução da área colonizada por mangue devido à sedimentação promovida pela erosão. Concluiu-se a partir da pesquisa que a recuperação do manguezal entre os bairros 13 de Julho e Jardins depende de novas intervenções antrópicas sobre o pontal arenoso a fim estabilizá-lo, para que novamente a área se torne abrigada das ações diretas dos agentes fluviomarinhos.
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