Banca de QUALIFICAÇÃO: GIRLENEY SANTOS ARAÚJO
07/10/2015 18:50
A Península de Maraú na Bahia possui muito mais que uma beleza visual como motivo de atualmente atrair centenas de visitantes e encantá-los assim como faz com seus moradores. Além dela, os cheiros da água salgada do mar invadindo a praia ou se encontrando com as pedras e os rios que correm ao seu encontro, o barulho do vento soprando por entre as arvores as agitando levando os incontáveis pássaros numa revoada colorida e sincronizada embalando o dia-a-dia com sua afinada orquestra, sua temperatura e umidade que constantemente nos fazem encharcar a pele de suor nos deixando ansiosos pelo próximo mergulho, saborear um bom peixe a pouco pescado bem perto da praia enquanto dá boas risadas durante uma conversa com seus familiares, tudo isso, mas não somente estes pontos conferem a Península uma beleza que se complementa com a visual e juntas são responsáveis pela construção da paisagem por meio de nossa experiência sensorial dela quanto geradora e gerada pelo individuo e sociedade. É esse o tema central dessa narrativa. A intenção é descrever, numa concepção inspirada na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty desse termo, as paisagens sensoriais da Península de Maraú levando em consideração seu caráter de memoria e emocional que elas possuem e podem causar. Apenas por meio da vivência do lugar, de se abrir para o que ele nos [in]pele a sentir estando em contato direto e constante com a sua cultura material que o arqueólogo poderá elaborar uma interpretação mais intima, ou nas palavras de Christopher Tilley, mais humana do passado. O diário que você começa a ler tenta dar conta de interpretar a Península de Maraú nesses termos.
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