Banca de DEFESA: ROGER SANTOS SOARES
27/08/2015 13:20
O presente trabalho pretende investigar como algumas observações feitas a respeito do homem ocidental, principalmente no período moderno, foram “coincidentemente” compartilhadas pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o escritor russo Fiódor Dostoiévski. O ponto principal da investigação diz respeito ao diagnóstico feito pelo romancista em sua novela Memórias do subsolo que afirma que a consciência é uma doença. Literariamente apresentado através da alegoria da "patológica consciência hipertrofiada", o racionalismo exacerbado da modernidade é percebido como um problema, tanto por Dostoiévski quanto por Nietzsche. Com base no pensamento nietzschiano pretendemos analisar essa alegoria presente na obra supracitada, e buscar compreender como essa interpretação ou diagnóstico feito pelo literato russo é corroborado pelo filósofo alemão. Nietzsche observa que Dostoiévski, a partir dessa constatação, faz uma primorosa análise sobre o homem moderno ressaltando que o processo de supervalorização da racionalidade pode representar um perigo para a saúde psicológica de uma cultura. No entanto, percebe-se que em Memórias do subsolo não são formuladas alternativas redentoras ou curativas para o homem moderno. E foi essa ausência de alternativas que fez com que buscássemos essa possibilidade no pensamento de Nietzsche, que mesmo antes de tomar contato com a referida obra de Dostoiévski, já vinha se encaminhando para desenvolver caminhos que pudessem nos direcionar para a saída desta situação.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e