Banca de DEFESA: BRUNO DE SOUZA BARRETO
16/08/2015 00:56
Na pré-história das Guianas, a Fase Koriabo fornece diversas lacunas à arqueologia da região e suscita controvérsias relacionadas à sua origem, cronologia e afiliação cultural. A grande maioria das pesquisas realizadas até o final dos anos 1990 privilegiaram abordagens generalizantes e explicaram toda uma região a partir de pequenos cortes estratigráficos, sem muitas investigações aprofundadas dos contextos locais; além de utilizar a cerâmica como principal elemento diagnóstico. Acredito que uma nova abordagem voltada para o estudo sistêmico dos contextos arqueológicos, e suas relações com as demais tecnologias, é um dos caminhos para contribuir com esta discussão. De forma a atender isso, apresento o estudo de caso do sítio arqueológico Laranjal do Jari I, um assentamento a céu aberto na margem esquerda do baixo rio Jari, que possui cerâmica vinculada à Fase Koriabo. Este sítio foi resgatado pelo Núcleo de Pesquisa Arqueológica do IEPA, através de duas campanhas de arqueologia preventiva para construção de uma escola técnica federal. Como o assentamento foi escavado em áreas amplas, permitindo a identificação e registro de diversas estruturas arqueológicas, a abordagem realizada privilegiou a articulação de dados qualitativos das tecnologias cerâmica e lítica com as informações contextuais de feições negativas e de dezesseis datas radiocarbônicas, no intuito de evidenciar a distribuição de diferentes conjuntos cerâmicos e os aspectos diacrônicos (cronologia) do assentamento. Os resultados alcançados apontam para a existência de dois horizontes culturais distintos, observados através das diferenças na tecnologia cerâmica e na cronologia absoluta obtida.
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