Banca de QUALIFICAÇÃO: MONICA NUNES SAMPAIO
13/08/2015 15:35
Partindo do pressuposto teórico de que as coisas fazem as pessoas tanto quanto as pessoas fazem as coisas e que aquilo que somos também é o resultado dos objetos que nos cercam, o presente estudo tem como propósito contextualizar a louça de Sergipe oitocentista proveniente das escavações arqueológicas realizadas em âmbito acadêmico e de arqueologia de contrato. Em Sergipe, o Vale do Cotinguiba foi no século XIX, a região economicamente mais ativa do Estado, respondendo a mais de 60% da exportação e congregando os mais importantes portos e casas de exportação e importação administradas por companhias estrangeiras e nacionais, a exemplo da Casa Inglesa, Schramm e Cia, A. Fonseca, A Casa Cruz, Maynart e Irmãos e Soares & Prado. A partir do levantamento da louça que foi escavada, seu comércio, distribuição e consumo, pretende-se buscar o entendimento do papel que a mesma exercia na sociedade local e discutir a objetificação dessa cultura material na vida dos seus consumidores. Metodologicamente, a pesquisa foi instrumentalizada pela análise de fontes primárias (inventários post-mortem e jornais), secundárias (bibliografia especializada), assim como através da análise de todas as louças provenientes das escavações, presentes nas instituições de guarda de acervo arqueológico do Estado de Sergipe.
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