Banca de DEFESA: GUTHIERRE FERREIRA ARAUJO
13/08/2015 08:35
Após a crise de 1929, com o fortalecimento das perspectivas keynesianas,
verifica-se um discurso onde o Estado se apresenta como um dos principais
formuladores de políticas públicas de desenvolvimento, no Brasil um
desdobramento desta perspectiva se materializa com a criação da SUDENE.
Esta sempre se apresentou, principalmente na sua retórica - como uma
instituição do Estado com a responsabilidade de coordenar o desenvolvimento.
A presente Dissertação de Mestrado teve como objetivo analisar a trajetória da
SUDENE e suas (re)invenções e discursos, na condução do projeto de
desenvolvimento regional do Nordeste. Essa dissertação investiga como os
projetos de desenvolvimento institucionalizados e assumidos pela SUDENE se
diferenciam e/ou se estabelecem para a consolidação da via capitalista. Nossa
pesquisa foi realizada a partir de dois recortes, o primeiro de 1959-1964, que
representa os principais anos de funcionamento da organização, no qual as
propostas desenvolvimentistas, impulsionadas na America Latina pela CEPAL,
dentro da SUDENE se expressam com maior vigor. O segundo recorte abrange
os anos de 2007-2013, que caracteriza os primeiros anos de consolidação e
atuação da SUDENE após a sua refundação, neste período o discurso do
“Neodesenvolvimentismo”, é apresentado como política econômica e traduz
uma nova configuração na reprodução do capital onde a consumação da
SUDENE atende as demandas do capitalismo neoliberal. A análise da
SUDENE em distintas fases do capitalismo e suas imbricações na política
estatal de desenvolvimento permite concluir que o Estado utiliza discursos
ideológicos para viabilizar a mobilidade e a acumulação do capital na garantia
do desenvolvimento desigual em diferenciadas escalas geográficas
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