Banca de DEFESA: ELIZABETH DIAS DE SOUZA CINTRA
14/07/2015 15:12
Refletir sobre as práticas didático-metodológicas de leitura literária vivenciadas em sala de aula no Ensino Fundamental, faz-se cada vez mais profícuo e urgente. Pensando nisso, este trabalho propõe a análise das representações dos direitos de crianças e adolescentes na tentativa de desenvolver atividades do gosto literário. Esse recorte é relevante, porquanto possibilita a discussão de realidades sociais diferentes para o leitor em formação. Com esse intuito, pretende-se que crianças e adolescentes ampliem seu horizonte de expectativas concernente aos seus direitos, questionando ainda situações de maus-tratos, exploração do trabalho infantil, abuso sexual entre outras violações, além de perceber as tensões sociais representadas nos textos literários. Nessa abordagem é pertinente, pois, a escola ser um espaço onde a proteção de crianças e jovens bem como a divulgação de seus direitos sejam perseguidas. Para isso, sugere-se no campo metodológico uma prática de leitura pautada no modelo cultural, de Gomes (2012) e no método recepcional, de Bordini e Aguiar (1988). A busca por um ensino de literatura calcado no letramento literário também é uma preocupação dessa empreitada, assim foram produzidas oficinas de leitura literária, na pretensa de desenvolver estratégias de ensino mais significativas e atraentes aos nossos leitores em formação. Para a consecução dessas oficinas, trabalhamos com os textos literários base: “Ciranda, cirandinha”, de Arriete Vilela (2003) e “Por um pé de feijão”, de Antônio Torres (2002). Da feitura e aplicabilidade de atividades diversificadas, culmina-se com a confecção de um caderno pedagógico direcionado ao professor, com a finalidade de propagar a nossa proposta de trabalho. Como aparato teórico, foram utilizadas concepções sobre ensino de literatura, leitura e leitura literária ancoradas nos postulados de Cosson (2011), Cândido (2011), Dória (2008), Viegas (2012), Werneck (2010), Eco (2004), Leffa (1996), Magnani (2001), Silva (2009), Lajolo e Zilberman (2007) entre outros; ademais os estudos sobre violência contra crianças e adolescentes respaldados em Vicente Faleiros e Eva Faleiros (2007), Philippe Ariès (2014), Mary Del Priori (2012) e conforme as concepções e orientações a respeito dos direitos do público infantojuvenil estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (1990).
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