Banca de QUALIFICAÇÃO: JOANA PAULA BISPO NASCIMENTO
10/07/2015 14:12
Muitas espécies que ocorrem em ecossistemas áridos e semiáridos produzem e dispersam sementes que germinam nas camadas mais superficiais do solo. Essas sementes têm água disponível para embebição por um curto período, pois a evaporação da água do solo ocorre rapidamente. A embebição das sementes nesses ecossistemas pode não ser contínua, ocorrendo ciclos de hidratação e desidratação que podem proporcionar às sementes um elevado índice de sobrevivência durante a dessecação, demonstrando que estas podem apresentar uma memória hídrica. O conhecimento dos mecanismos naturais que ativam e controlam a tolerância à seca que são desenvolvidos pelas plantas durante a fase de germinação pode servir de subsídio para o desenvolvimento de melhores práticas de manejo a serem empregadas para a recuperação de áreas degradadas e programas de enriquecimento de espécies e reflorestamento da Caatinga, principalmente utilizando-se espécies nativas. Assim, este projeto tem por objetivo determinar a ocorrência de memória hídrica em quatro espécies arbóreas da Caatinga com potenciais para a recuperação de áreas degradadas, avaliando o comportamento germinativo dessas sementes quando submetidas a estresses ambientais. Para isso, as sementes passarão por ciclos de hidratação/secagem (0, 1, 2 e 3 ciclos) em três intervalos diferenciados de tempo, os quais serão determinados de acordo do o tempo de embebição de cada espécie, para posterior avaliação da germinação das sementes submetidas a estresses hídrico, salino e térmico. Como resultado espera-se que as sementes submetidas aos ciclos de hidratação/secagem apresentem maiores taxa de germinação nas concentrações tanto de PEG 6000 como de NaCl apontando a presença de uma memória hídrica nas sementes das espécies estudadas.
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