Banca de DEFESA: SAMIA TÁSSIA ANDRADE MACIEL
06/07/2015 14:31
Os combustíveis fósseis, embora tenham sido encontrados novos campos de petróleo, são recursos finitos e não renováveis. Novas fontes de combustíveis estão sendo pesquisadas como alternativa para minimizar o uso dos combustíveis fósseis. As vantagens dos recursos renováveis e de baixo custo, em prol da sustentabilidade, acelerou o desenvolvimento e a utilização de biomassa para a produção diversificada de produtos químicos, permitindo uma menor dependência de combustíveis fósseis com os consequentes benefícios do ponto de vista ecológico e econômico. Na atualidade, vários processos permitem a transformação da biomassa em produtos que podem ser usados como combustíveis. A degradação térmica de materiais lignocelulósicos é uma das vias mais promissoras para a obtenção de fontes de energia e produtos químicos a partir de biomassa. A pirólise é o principal método de conversão termoquímica onde a matéria orgânica é convertida por aquecimento sob uma atmosfera inerte em gases não-condensáveis, gases condensáveis (recuperados como o produto líquido) e um produto sólido (carvão). Neste trabalho, as sementes e os resíduos da semente da Moringa oleifera Lam. obtidos através da extração do óleo com solvente orgânico e por prensagem, nomeados tortas químicas e mecânica, foram investigadas como uma fonte potencial para produção de bio-óleo. Caracterizações termoquímicas das biomassas foram realizadas através das análises de teor de óleo, umidade, cinzas, voláteis, análise estrutural e termogravimetria. Os valores de poder calorífico das biomassas variaram entre 17 e 21 MJ / kg. Os resultados iniciais mostraram que a biomassa da M. oleifera pode potencialmente produzir energia através de processos de conversão termoquímica. A partir da otimização das condições de pirólise num reator de leito fixo, temperatura de 600 ºC e fluxo de N2 de 1 mL/min, foram obtidos os rendimentos de 20,29, 24,61 e 55,09 % para a fase líquida (aquosa + bio-óleo), biocarvão e biogás, respectivamente. Da análise cromatográfica do bio-óleo foi possível identificar e quantificar as classes químicas do bio-óleo da semente, onde foi observado um alto teor de ácidos carboxílicos com, aproximadamente, 70 % de área percentual, sendo o restante, atribuído a funções nitrogenadas, fenóis, hidrocarbonetos, entre outros. Assim, de forma geral, o bio-óleo da moringa apresentou bons resultados para a sua industrialização, podendo ser aplicado na indústria como flavorizantes, resinas, agroquímicos e fertilizantes.
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