Banca de DEFESA: JOSE DOS ANJOS JUNIOR
11/06/2015 17:53
A investigação presente é dedicada à teoria habermasiana da modernidade, em particular, no que se refere aos conceitos de racionalização, de reificação e de razão comunicativa. Tais conceitos são desenvolvidos a partir da reflexão crítica de Habermas a propósito de Max Weber e Georg Lukács, dado que estes constituíram fortemente o vínculo entre a teoria da modernidade e a teoria da sociedade. Razão pela qual, para perseguir os objetivos propostos, será examinada, sobretudo, a "Teoria do agir comunicativo" (1981). Com efeito, a teoria habermasiana da modernidade, ao defrontar-se com Weber e Lukács, constitui o objeto de pesquisa deste trabalho, cujo problema pode ser assim formulado: de que maneira a teoria habermasiana da modernidade fornece as bases de seu conceito de racionalidade comunicativa? Weber entende as patologias da modernidade em termos de “perda de sentido” e “perda da liberdade”, ambas decorrentes do processo de “racionalização social”. Lukács, em sua apropriação e transformação de Weber, elabora tais patologias sob o conceito de "reificação”. Habermas, por sua vez, põe o problema em termos de “colonização do mundo da vida” pelo sistema social. À medida que Habermas atribui aos dois primeiros o caráter de análise unilateral, por levarem em consideração somente o conceito restrito de racionalidade, ele busca desenvolver um diagnóstico que abarque as patologias da modernidade em toda a sua amplitude, oferecendo como resposta o conceito complexo de racionalidade comunicativa. Deste modo, a teoria da modernidade fornece o diagnóstico de época, identificando as patologias da modernidade, cuja terapia é tarefa assinalada à racionalidade comunicativa.
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