Banca de DEFESA: ANDRÉ FILIPE SILVA MENESES
09/06/2015 14:22
O objetivo deste estudo foi, de forma geral, investigar a relação entre religiosidade e sexualidade em jovens pertencentes a igrejas evangélicas. Procurando entender, assim, a possível existência de algum tipo de crise pelo pertencimento religioso, que reproduz uma crença no impedimento de práticas sexuais antes do casamento, e a manutenção da atividade sexual, comportamento que fere tal crença, e de que forma essa possível crise é superada. A pesquisa quantitativa, um questionário online, foi realizada através de grupos em redes sociais e por e-mail, a fim de coletar dados bio-psico-socio-demográficos, informações concernentes ao seu pertencimento religioso, considerações sobre a sexualidade, se existe crise, e as formas de resolução desta. Participaram do estudo 184 jovens pertencentes a igrejas evangélicas, com idades entre 14 e 24 anos, sendo 75,5% do sexo feminino e 24,5% do sexo masculino. Foi utilizado um instrumento de 29 questões, autoaplicado e confidencial. Foram utilizadas escalas que tratam sobre Coping Religioso, Bem-Estar Sexual, Religiosidade, Resolução da Crise, entre outras medições. Os resultados indicam que a religiosidade se mostrou um fator protetivo para o atraso do início da vida sexual, com grande aparição, em contraponto, de jovens evangélicos solteiros que relataram manter uma vida sexual ativa e um convívio religioso. Jovens que se relacionaram sexualmente antes do casamento demonstraram menores índices de religiosidade e maiores índices de bem-estar sexual. Os dados sugerem que o início da vida sexual está fortemente relacionado a um melhor entendimento da própria sexualidade, como algo natural e possível, pela readequação da crença religiosa de que esta deve se manifestar somente após o casamento.
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