Banca de QUALIFICAÇÃO: WANDERSON PRAXEDES SANTOS
18/05/2015 09:54
: A dor representa uma sensação desagradável, mas esta é fundamental para a sobrevivência do indivíduo, devido a sua função protetora. Apesar disso, pelo seu caráter incapacitante em certas condições patológicas, tem-se buscado substâncias analgésicas potentes e com poucos efeitos adversos. Neste contexto, as plantas representam uma importante fonte para a busca de novas moléculas analgésicas. Uma das principais ferramentas na busca destas é a informação de como as plantas são utilizadas por diferentes populações no âmbito da etnofarmacologia. Entre as plantas medicinais de uso tradicional importante no tratamento da dor, destaca-se a Sinningia warmingii (Hiern) Chautems, uma espécie endêmica nas regiões sul e suldeste do Brasil, conhecida como batata-de-índio, que pertence à família Gesneriaceae (cerca de 150 gêneros e 3.000 espécies). Portanto, o nosso estudo propõe a avaliação das propriedades antinociceptivas desta planta utilizando como modelo animal o Danio rerio. Recentes estudos têm demonstrado que existem algumas semelhanças entre o zebrafish e os mamíferos em relação à estrutura básica do sistema nervoso envolvida na percepção dolorosa. Além disso, outros estudos relatam a presença de receptores e peptídeos endógenos opióides em zebrafish, com homólogos semelhantes em mamíferos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as respostas comportamentais do zebrafish provocadas pela injeção subcutânea de formalina na cauda do peixe. Para isto, as alterações comportamentais na atividade natatória foram utilizadas como indicadores de nocicepção em zebrafish no teste da formalina, em várias concentrações e utilizando a morfina 3mg/kg como controle positivo. Os resultados mostraram que a concentração de 0,1% de formalina se mostrou a mais adequada para o avaliar antinocicepção em zebrafish no teste da formalina. Além disso, a morfina 3mg/kg foi capaz de reverter os comportamentos anômalos provocados pela formalina. O extrato bruto da Sinningia warmingii (3;1 e 0,3 mg/kg; i.p.) também reverteu estes comportamentos de maneira dose-dependente.
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