Banca de QUALIFICAÇÃO: KATINEI SANTOS COSTA
13/05/2015 16:34
A presente qualificação de Tese, objetiva refletir como a ideologia mascara a
exploração do trabalho no beneficiamento da castanha de caju no espaço agrário
sergipano. Nesse primeiro momento de qualificação discutimos as tramas do capital no
processo de apropriação do valor no tempo e espaço do capital. Observando como se
estabelece a cadeia produtiva, em diversas escalas, local, nacional e mundial, tendo
como ponto de partida o beneficiamento da castanha de caju no município de Itabaiana
e de Campo do Brito, estes inscritos no circuito de produção, distribuição, circulação e
consumo. Nesse movimento procuramos capturar a condição ontológica do trabalho; a
categoria trabalho é compreendida como ação livre e natural da apropriação dos
elementos da natureza, enquanto condição humana. O discurso da autonomia e da
liberdade no beneficiamento da castanha de caju, é usado como estratégia de exploração
e subordinação do trabalho ao capital, nesse contexto o discurso do não trabalho
escamoteia as contradições da relação capital-trabalho. A força de trabalho é apropriada
pelo capital, enquanto instrumento de produção de mercadorias, para se apropriar do
trabalho, o transformar em mercadoria, só possível com a alienação do trabalhador. O
trabalhador é submetido à lógica do capital, que superexplora a força de trabalho, nas
casas de castanha, para extrair o máximo de lucro, em condições precárias, colocando
em risco a saúde física dos trabalhadores, que sem alternativas de trabalho são esses
obrigados a se submeterem a máxima exploração do tempo, para assegurar sua
sobrevivência e de sua família.
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