Banca de DEFESA: MYLENA MARIA SALGUEIRO SANTANA
01/04/2015 10:49
O presente estudo analisou os determinantes da modulação simpática nos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva crônica (DPOC). Foram avaliados 12 pacientes portadores da doença e, para fins comparativos, 10 pacientes saudáveis. Os sujeitos foram submetidos à avaliação da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) através do aparelho finapress, sendo concomitantemente monitorada a saturação de oxigênio e frequência respiratória, durante 5 minutos, em seu estado de repouso. Após esta avaliação, foi realizada a espirometria de cada paciente, obtendo-se os valores de Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) e a relação entre VEF1 e a Capacidade Vital Forçada (CVF). Quando correlacionados os índices de Saturação de Oxigênio (SatO2) e índice de Tiffenau, observa-se variação direta entre o índice espirométrico e a SatO2 (ρ = 0,45). O inverso ocorre entre a Pressão arterial sistólica (PAS) e SatO2 e VEF1 e banda de baixa frequência (Lf) da PAS (ρ = -0,65). Ao analisar-se a VFC no domínio da frequência, houve diferença estatisticamente significante entre os grupos para a banda Lf (p = 0,01) e no balanço simpato-vagal (p=0,02). Quando comparados aos sujeitos saudáveis, pacientes com DPOC apresentaram menores valores de VFC, aumento da PAS, bem como queda na Saturação de Oxigênio (SatO2) e nos índices espirométricos. Sendo assim, tais resultados indicaram que houve associação entre todas as variáveis relacionadas ao sistema respiratório e a variabilidade da frequência cardíaca, indicando a estreita relação que o sistema nervoso autônomo e o sistema respiratório possuem.
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