Banca de DEFESA: KEILA DE OLIVEIRA DINIZ
31/03/2015 10:54
A hipertensão arterial é uma das principais causas de mortalidade em âmbito mundial e fator de risco para diversas doenças. Tal enfermidade em idosos está associada ao significante aumento nos distúrbios cardiovasculares e a incidência de doenças incapacitantes. Por outro lado, a gordura corporal está relacionada com a pressão arterial elevada em idosos, a qual pode ser avaliada por meio de índices antropométricos. O objetivo deste estudo foi determinar o poder preditivo de índices antropométricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de hipertensão arterial e identificar o indicador antropométrico de obesidade que melhor discrimina a hipertensão arterial. Um estudo transversal foi realizado com uma amostra de 310 idosos com idades iguais ou superiores a 60 anos, sendo 175 (56,5%) mulheres. A coleta ocorreu entre o período de 03/02/2014 a 20/02/2014 na cidade de Ibicuí-BA. Foram mensurados os seguintes índices antropométricos: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura/estatura (RCEst) e índice de conicidade (Índice C). Ademais, coletaram-se medidas de pressão arterial sistólica e diastólica. Para identificação dos preditores de hipertensão arterial, foi adotada a análise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC), com intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades. As análises foram efetuadas respeitando-se o nível de significância de 5%. Após a construção das curvas ROC, evidenciou-se que alguns índices antropométricos apresentaram Área Sobre a Curva (ASC) significativas, sendo o IMC = 0,60 (0,50-0,70); RCEst = 0,61 (0,51-0,71); Índice C = 0,58 (0,58-0,68), nos homens. Os diversos pontos de corte dos índices antropométricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados. Conclui-se que as melhores áreas sob a curva ROC foram para IMC, RCEst e Índice C para os homens, porém tais medidas não foram satisfatórias para predizer hipertensão arterial em mulheres idosas. Sugere-se que a utilização de dois índices simultaneamente possa resultar em uma maior eficiência na avaliação do risco de hipertensão arterial em idosos.
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