Banca de DEFESA: ELIZABETE SILVA DE LACERDA
04/03/2015 17:30
No início do século XX o cuidado com o corpo coletivo e o corpo individual da população foram medidas utilizadas na busca de civilizar e regenerar a sociedade. Diante desse cuidado com o corpo, a mulher, que nas três primeiras décadas do século XX tinha como papel social zelar pelo bem-estar da família onde era sua função ser mãe-esposa-rainha-do-lar, responsável por gerar e educar os futuros cidadãos da pátria, foi alvo de medidas educativas para o seu corpo. Discursos sobre a educação do corpo feminino foram difundidos, embasados no higienismo e na eugenia. Estes propagavam a necessidade da mulher ser saudável e forte para que pudesse gerar filhos saudáveis. Nessa perspectiva o presente estudo analisou os discursos sobre a educação do corpo feminino no “Correio de Aracaju” (1914-1930). Para isso foi utilizado o método da análise de discurso com base em alguns conceitos de Foucault (2013), como enunciado e formação discursiva. As análises realizadas indicaram que os discursos sobre a educação do corpo feminino estavam em relação direta com a função social atribuída à mulher e que os autores desse discurso eram, quase que unânime, homens. Os enunciados traziam a importância da educação do corpo da mulher para que essa se tornasse bela e saudável para que conquistasse o homem para casar e poder gerar filhos. Cuidar do corpo no intuito de atingir os padrões de beleza da sociedade e de desenvolver o organismo eram os principais objetivos, para isto, atividades esportivas, a ginásticas, o uso de cosméticos e de medicamentos foram propostos.
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