Banca de QUALIFICAÇÃO: ELIZABETE SILVA DE LACERDA
08/01/2015 08:33
No início do século XX o cuidado com o corpo coletivo e o corpo individual da população foram medidas utilizadas na busca de civilizar e regenerar a sociedade. Diante desse cuidado com o corpo, a mulher, que nas três primeiras décadas do século XX tinha como papel social zelar pelo bem-estar da família onde era sua função ser mãe-esposa-rainha-do-lar, responsável por gerar e educar os futuros cidadãos da pátria, foi alvo de medidas educativas para o seu corpo. Discursos sobre a educação do corpo feminino foram difundidos, embasados no higienismo e na eugenia. Estes propagavam a necessidade da mulher ser saudável e forte para que pudesse gerar filhos saudáveis. Nessa perspectiva o presente estudo analisou os discursos sobre a educação do corpo feminino no “Correio de Aracaju” (1914-1930). Para isso foi utilizado o método da análise de discurso com base em alguns conceitos de Foucault (2013), como enunciado e formação discursiva. Apesar da não conclusão da pesquisa, parte das análises realizadas indica que os discursos sobre a educação do corpo feminino estão em relação direta com a função social atribuída à mulher e que os autores desse discurso são, quase que unânime, homens.
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