Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GLEISE CAMPOS PINTO SANTANA
DATA: 29/09/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação, Did II, Andar Superior
TÍTULO: O lugar da aposentadoria na produção do espaço rural sergipano
PALAVRAS-CHAVES: Espaço rural, Estado, aposentadoria rural.
PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo principal analisar o papel da aposentadoria na reprodução da unidade de produção camponesa, considerando as suas múltiplas faces, desde a sua importância para aquisição de bens de consumo, até o seu uso nas atividades produtivas. O propósito é avaliar a funcionalidade da aposentadoria rural no contexto atual das relações capitalistas. A pesquisa reconhece a dinâmica da produção do espaço e destaca a importância de desnudar suas formas de produção diferenciadas associadas aos interesses da reprodução do modo de produção. Assim sendo, entende-se que o espaço rural vem sofrendo contraditoriamente, uma dicotomização, à medida que o espaço da cidade é o espaço mobilizador das relações comerciais, dos serviços, da tecnificação, em contrapartida o espaço do campo é quase sempre posto como o espaço do atraso, da produção agrícola, fadado ao desaparecimento. Essa dicotomia mascara a lógica dominante do capitalismo, pois este mantém, integrados e dependentes, espaços que apesar de desiguais, têm entre si relações combinadas que favorecem a reprodução ampliada do capital. O campo, nesse interim, aparece como o lugar a ser modificado. Toda sorte de investimentos ‘alternativos’ à produção camponesa é sugerido. Destaca-se que, combinadamente à lógica do desenvolvimento rural na atualidade, um propósito de mascaramento da centralidade que a terra continua a exercer para a reprodução social das populações que vivem nessa parcela do espaço, se apresenta como central para o Estado e o capital. Por sua vez, a fragmentação da propriedade, por herança, vai se constituindo como uma nuance da minifundização, que se constitui um problema para a reprodução social do aposentado e sua família. Diante disso é que se faz necessário analisar o espaço rural sergipano como parte da totalidade, que manifesta relações sociais e de trabalho camponesas e aparentemente apresenta dependência em relação ao Estado. Nos limites dessa dependência a aposentadoria ganha relevância social e importância econômica. O que se coloca para o debate é: qual o lugar da aposentadoria na reprodução da unidade de produção familiar camponesa.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 102.821.568-10 - CELSO DONIZETE LOCATEL
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Externo ao Programa - 515.984.265-91 - NELMIRES FERREIRA DA SILVA