Banca de DEFESA: JOSE WAGNER COSTA DE SANTANA
27/08/2014 09:15
O estudo de redes emergentes de comercialização agrícola, em Sergipe, tem como objetivo analisar bases, estruturas, configuração espacial e as contribuições para a agricultura frente aos desafios estabelecidos pela expansão da economia globalizada que envolve transformações da agricultura, impulsionada pela dinâmica dos mercados internos e externos. A análise de redes emergentes de comercialização agrícola considera como elementos fundamentais as atividades desenvolvidas em torno da produção e comercialização que envolvem o campo e a cidade, a agricultura familiar e a de mercado, a prestação de serviços técnico-científicos-informacionais, a infraestrutura de redes que possibilita o acesso aos mercados de produção e de consumo, através de ações que envolvem a presença de atores que constituem o sistema de redes instaladas a montante e a jusante da produção primária e de transformação dessa produção. Para desvelar a complexidade que envolve as diversas etapas da comercialização, foi feita vasta prospecção bibliográfica, sendo, também, realizados levantamentos de dados censitários quinquenais, de produção anual e de comercialização, disponíveis em publicações de instituições e organismos nacional e internacional, de instituições representativas de classes. Além disso, foi realizado trabalho de campo, a partir de visitas a dezenas de feiras pelas cidades sergipanas, às feiras livres da capital e vários estabelecimentos comerciais de produtos agrícolas e de transformação da produção. Ainda foram aplicadas entrevistas com profissionais, gestores, produtores, intermediários e consumidores. Este estudo focou a batata doce, o leite, o milho e a avicultura de corte e ovos que juntas, na última década, estão contribuindo para a dinâmica da economia contemporânea e formam redes emergentes da comercialização. A expansão dessas redes está possibilitando o acesso da pequena produção desenvolvida por agricultores familiares e da agricultura comercial ao mercado agrícola local, regional, nacional e global, procurando acompanhar a dinâmica da agricultura de mercado comandada pela integração global de produção e consumo. Ao mesmo tempo, as redes emergentes de comercialização agrícola, através de suas múltiplas formas, vão se inserindo no competitivo mercado agrícola mediante o acesso e aderência à dicotômica comercialização formal e informal. As redes emergentes estão se cristalizando à medida que ocupam posição de destaque na economia e contribuem significativamente para as mudanças na paisagem sergipana, formando novos canais com fluxos de objetos, coisas e capitais que ligam os mercados de produção, de transformação e de consumo interno e externo, ampliando a visibilidade do Estado como produtor, transformador e exportador de bens de consumo diversificado.
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