Banca de DEFESA: GRACE KELLY MELO DE ALMEIDA
22/08/2014 10:06
A lesão de reperfusão é responsável por 50% do tamanho do infarto, tornando-se um alvo natural para a investigação sobre a proteção cardíaca. Neste contexto, a diosmina por ser um flavonoide que apresenta ampla atividade biológica, dentre elas a atividade antioxidante, apresenta-se como uma substância potencial a ser testada no modelo de isquemia - reperfusão cardíaca, com a finalidade de acionar mecanismos de ação que atenuem as lesões de reperfusão. Para isso, foi avaliado em modelo de isquemia – reperfusão cardíaca o efeito da diosmina sobre a contratilidade cardíaca, através da mensuração da pressão intraventricular esquerda (PVE) em coração isoladode rato e do índice de severidade de arritmia (ASI). Avaliou-se também, o efeito antioxidante desse flavonóide no grau de peroxidação lipídica (TBARS, hidroperóxidos totais) e das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (Cat), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR).Além disso, foi observado o efeito dessa substância nas lesões de reperfusão através da marcação do infarto,expressão da proteína caspase-3 e mensuração da atividade das enzimas creatino quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH). Como resultados, identificamos aumento (p< 0,05) da PVE nos corações reperfundidos com diosmina assim como, uma redução do ASI. Verificamos, ainda, diminuição (p< 0,05) da atividade das enzimas antioxidantes SOD, Cat, GPx e GR e nos níveis de peroxidação lipídica. Além disso, houve uma redução (p< 0,05) da área de infarto, da expressão da caspase-3 e da atividade das enzimas CK e LDH. Desta forma, concluímos que o efeito antioxidante da diosmina reduz as alterações decorrentes da isquemia – reperfusão cardíaca, consequentemente, as lesões de reperfusão.
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