Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PRISCILLA ARAUJO GUARINO SILVEIRA
DATA: 04/08/2014
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do Departamento de História da UFS
TÍTULO: AÇUCAR AMARGO: DONA BABY ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES ALIMENTARES (1954-1972)
PALAVRAS-CHAVES: Dona Baby. Sociedade açucareira. Praticas alimentares. Representação cultural.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:

Na sexta-feira de 26 de março de 1971, Maria do Perpétuo Socorro Duarte Leite, também conhecida como Dona Baby, lia as notícias da Gazeta de Sergipe que faziam referência à seca, que desde 1969 assolava vinte e cinco municípios sergipanos. Dentre estes municípios encontravam-se Japaratuba e Maruim, locais em que ela e seus familiares cultivavam cana de açúcar nas Usinas Oiteirinhos e Pedras respectivamente. Os problemas consequentes da falta de chuva e os prejuízos nas lavroras poderiam passar quase despercebidos a essa mulher nos recônditos da cozinha e da sala de refeições da casa-grande, ambientes comuns a ela, não fossem sentidas a falta de alimentos que habitualmente estavam à mesa da família, levando-a a adaptar os ingredientes usados na alimentação cotidiana. No entanto, independente dos problemas financeiros enfretados pela família e pela sociedade a qual fazia parte, durante os dezoito anos em que habitara neste ambiente rural, reuniões familiares e festas religiosas, bem como, eventos políticos, eram permeados por banquetes cuja fartura dos alimentos, a prataria utilizada e a etiqueta aplicada a ocasião representavam não uma elite decadente, mas uma elite rica, civilizada e continuadora das "glorias" de outrora. Dessa forma, a partir da trajetória de dona baby, tomamos como objeto dessa pesquisa as práticas e representações alimentares dessa elite açucareira sergipana. O recorte temporal varia entre 1954 e 1972, período do qual dispomos de informações da trajetória de Dona Baby em Sergipe, através de relatos orais, fotografias e cadernos de receitas - fontes primordiais dessa pesquisa. trabalharemos na perspectiva da História Cultural, sutuando a análise no campo temático intitulado "História da alimentação: práticas e representações culturais". Neste direcionamento, faremos uso da micro-história italiana, entendida aqui como uma abordagem que nos possibilitará conhecer o passado, através indícios, sinais e sintomas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 426650 - ANTONIO LINDVALDO SOUSA
Interno - 2527690 - CLAUDEFRANKLIN MONTEIRO SANTOS
Interno - 1687926 - JANAINA CARDOSO DE MELLO