Banca de DEFESA: GRAZIELE DA COSTA CUNHA
16/07/2014 18:00
As nanopartículas de alumina estão entre os materiais mais importantes na indústriacerâmica por conta de suas diversas aplicações. Existem diferentes metodologias para asíntese de nanopartículas, mas atualmente há uma busca por rotas mais econômicas,eco-amigáveis e eficientes. Assim, o presente trabalho propõe o uso da capacidadecomplexante da água rica em Matéria Orgânica Natural (MON) (24 mg L-1 COD) parasintetizar pigmento nanoestruturado a base de alumina dopada com íons cromo deelevado grau de pureza (P.A) e obtidos a partir dos resíduos sólidos e líquidosprovinientes da industria de curtume. E concomitantemente, avaliando-se odesenvolvimento de um sistema para reciclar a água usada na síntese. No processo desíntese, avaliou-se vários parâmetros, porém o controle do pH da solução inicial foi oque influenciou significativamente a obtenção da alfa-alumina nanoestruturada nãodopada e dopada. Os resultados de DRX comprovam a obtenção da fase única alfaaluminapara as amostras obtidas no pH 4,0 e calcinadas 1000°C/4h para alumina nãodopada, essa temperatura é pelo menos 200°C inferior à empregada nas principais rotastradicionais. Para a alumina dopada com íons cromo P.A e reciclados, essa temperaturafoi 1100°C/4h, evidenciado que a adição de dopante retardou a transição de fase. Estesresultados foram corroborados pelos espectros de FTIR. Os dados de XRF revelaramque as principais impurezas presente na alumina não dopada e dopada com ions cromoP.A são os sequintes: Cl, Si e Zn, uma vez que, os demais foram encontrados nasamostras de referencia em concentrações similares. Enquanto, que para as amostrasdopadas com íons cromo reciclados, as pricipais impurezas foram: os compostos decálcio para as amostras obtidas empregando o residuo liquido e cloreto de sódio para oresiduo sólido. Os dados de XANES comprovam que a valência do Cr na estrutura daalumina é dependente da concentração do dopante e do pH na solução inicial, nãosofrendo influencia do grau de pureza do dopante. As micrografias sugerem a obtençãode estruturas com morfologia esférica, com tamanho das particulas variando de 45±2nm a 56±3 nm, evidenciado que a origem da MON, tamanho molecular da MON,condições de armazenamento da água, e pureza do dopante não influenciaramsignificativamente na morfologia e no tamanho médio das partículas. Os espectros deemissão PL e XEOL da alumina dopada com cromo P.A revelam uma banda principalde emissão em aproximadamente 700 nm, sendo que a eficiencia fotoluminescente eraioliminescente mostrou-se dependente da concentração do ion cromoforo. Porém, paraas amostras sintetizadas usando os ions de cromo reciclados verificou-se a supressãodessas propriedades. A caracterização físico-química e bacteriológica da água recicladamostra que mesma atendem aos padrões de potabilidade exigidos pela Portaria 2914 de12 de dezembro 2011 do Ministério da Saúde. Ademais, os testes de lixiviaçãoevidenciaram que a concentração de cromo total determinado por ICP-OES ficaramabaixo do limite de detecção do equipamento.
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