Banca de DEFESA: ANDREZA SILVA MATTOS
09/07/2014 16:04
Na terça-feira de 19 de janeiro de 1593, após os autos conclusos de seu processo inquisitorial, o soldado sertanista Simão Roiz foi preso no cárcere da cidade de Salvador. Anos antes, ele deixara sua morada nas terras do engenho Sergipe do Conde (Recôncavo baiano) e foi para o sertão norte da Capitania da Bahia para resgatar gentios, espaço no qual encontrou a liberdade, a brecha que lhe permitiu praticar ações que foram de encontro aos dogmas católicos - era cristão no litoral e gentil no sertão, um homem com comportamentos híbrido-culturais. A partir da rede de sociabilidades de Simão Roiz, tomamos como objeto dessa pesquisa as relações socioculturais entre soldados sertanistas, jesuítas e indígenas no processo de ocupação do sertão norte da Capitania Bahia, no final do século XVI. O recorte temporal varia entre 1590 e 1595, períodos em que, respectivamente, Simão Roiz ingressou no sertão e que o Conselho Geral da Inquisição posicionou-se acerca da sentença a ele implicada. Tomando como fontes primordiais os processos inquisitoriais, trabalhamos na perspectiva da História Cultural, situando a análise no campo temático da “história das crenças: circularidades e hibridismos culturais”. Neste direcionamento, fizemos uso da micro-história italiana, entendida aqui como uma abordagem que nos possibilitará conhecer o passado, através de vários indícios, sinais e possibilidades.
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