Banca de DEFESA: MISLENE VIEIRA DOS SANTOS
09/07/2014 15:50
Esta pesquisa investigou o Festival de Arte de São Cristóvão (FASC), promovido pela Universidade Federal Sergipe (UFS), entre 1972 a 1995, que se tornou o mais importante projeto de extensão cultural da Universidade desse período, contando com uma proposta de realização anual e recursos financeiros do MEC e FUNARTE. A partir daí analisou-se as relações do Estado brasileiro com a promoção da cultura, especialmente durante a vigência do período militar (1964-1985). Buscou-se, ainda, no estudo da organização, execução e repercussão do Festival, identificar a atuação dos governos militares no campo da cultura, os usos que se faziam dela e os interesses que moviam tais políticas culturais; bem como, atentar para a promoção da censura, coibindo manifestações culturais consideradas “desviantes”. Procurou-se, também, analisar ambiguidades e por vezes contradições na relação entre tais governos e a Universidade, num contexto de vigilância, repressão, mas também de investimentos financeiros e prováveis favorecimentos mútuos. Examinou-se, por fim, os diferentes usos do FASC, suas diversas repercussões sociais e como refletiu sobre ele as mudanças nas políticas culturais processadas no contexto de redemocratização, no pós-1985. As noções de representação e apropriação, formuladas na área da história cultural, constituem o principal aporte teórico na construção da problemática da pesquisa. As principais fontes utilizadas partiram do largo acervo documental sobre o FASC presente no Arquivo Central da UFS, onde foi possível encontrar grande parte dos documentos decorrentes de cada edição, bem como diversos recortes de jornais relacionados à sua repercussão. Além disso, também foram produzidas fontes orais, a partir de entrevistas realizadas com membros das comissões organizadoras do FASC.
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