Banca de QUALIFICAÇÃO: JACKSILENE SANTANA CUNHA
26/06/2014 09:40
O uso de modernas técnicas de produção, em todos os ramos das atividades produtivas, caracteriza-se como um processo de controle sociometabólico do capital impresso, sobretudo, no campo/rural brasileiro dominado pelo agronegócio.
O avanço das modernas e sofisticadas técnicas de produção incorporadas à agricultura brasileira tem se intensificado nas últimas duas décadas como resposta ao ritmo crescente de desenvolvimento das forças produtivas do capital agroindustrial. Esse desenvolvimento proporcionou a ampliação da monopolização da renda da terra pelo agronegócio, que tem subordinado a produção camponesa nos mais variados âmbitos.
O presente trabalho tem como objetivo compreender a dinâmica da monopolização do capital a partir do agronegócio do milho transgênico no Oeste de Sergipe e seus rebatimentos na reconfiguração do espaço agrário. A pesquisa está sendo desenvolvida sob bases metodológicas fundamentadas entre teoria e prática, através de uma vasta investigação na literatura geográfica, econômica, sociológica e em trabalhos que especificam o objeto estudado, dissertações, teses, artigos, revistas e periódicos. Além disso, estão sendo realizadas pesquisas de campo nos órgãos públicos municipais referentes aos municípios que compõem o recorte espacial deste trabalho: Carira e Simão Dias.
A modernização da agricultura, com a introdução da transgenia na produção de milho, tem alterado o espaço agrário dos municípios de Simão Dias e Carira que se destacam como maiores produtores de milho transgênico do estado de Sergipe. A produção não se apresenta apenas como cultivo de subsistência, mas como produto prioritariamente do agronegócio, cultivado em ampla escala para atender o capital privado e o mercado de grãos. Assim, subordina-se a produção convencional a partir da introdução da biotecnologia, com o uso de sementes Geneticamente Modificadas, permitindo o uso intensivo de venenos e fertilizantes químicos. Essa técnica de produção redefine as relações de trabalho e de poder gerenciado pelo capital agroindustrial espacializado e territorializado no campo sergipano.
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