Banca de QUALIFICAÇÃO: LEIDE MARIA REIS DOS SANTOS
07/05/2014 10:10
No Brasil, além dos fatores externos a partir da mundialização do capital, o enfoque
dos problemas estaria nos gargalos históricos e conjunturais que impedem o
desenvolvimento de forma homogênea. Daí a urgência por políticas sólidas e
articuladas que mudem o contexto vigente. Entretanto, é sabido que existe um grande
paradoxo quando se discute desenvolvimento, mas não se dilui a estrutura política
que propicia a permanência e ampliação dos privilégios da elite e, consequentemente,
do poder. Então como vencer esse contrassenso, em que a qualidade de vida é um
privilégio de alguns e uma realidade tão distante de milhares? Urge refletir, de fato,
sobre os caminhos para o real desenvolvimento. Dessa forma, apresentando-se como
um poder supremo fortemente atrelado à classe dominante, o Estado passa a ser
questionado por suas constantes contradições. O discurso é avançar em todos os
aspectos, mas ao mesmo tempo não se combatem de forma eficaz os fatores que
contribuem para a formação de um “país de atrasos”. Em face desse contexto, o
estudo teve como objetivo analisar a relação entre o Estado e o desenvolvimento
considerando os interesses do poder externo e interno. Para tanto, utiliza-se o método
analítico tendo como suporte a literatura clássica e a abordagem contemporânea,
visando compreender as diversas intenções e práticas políticas que, atreladas ao
sistema do capital, fragilizam as tentativas de desenvolvimento nos países
socialmente atrasados. E nesse contexto, a Geografia exerce um papel importante por
extrair a essência dos discursos e dos aspectos paisagísticos, contribuindo para a
construção do pensamento crítico e atuante frente aos problemas. Assim, a temática
sobre o Estado e o desenvolvimento está no cerne da análise que será apresentada
posteriormente, entendendo que a desigualdade socioespacial é inerente ao sistema
capitalista e reflete a diversidade de interesses no espaço geográfico.
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