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Banca de DEFESA: RONILSON BARBOZA DE SOUZA
14/04/2014 10:10


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RONILSON BARBOZA DE SOUZA
DATA: 29/04/2014
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório de pós-graduação, didática II
TÍTULO: A presente dissertação teve como objetivo analisar a condição da luta pela terra na luta contra o capital, a partir da realidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Município de Petrolina-PE. A leitura analítica reflexiva, centrada no método do materialismo dialético, permitiu entender como o capital se expande por meio da sua territorialização e da monopolização do território, resultando em conflitos sociais. No caso do Município de Petrolina-PE, a expansão das relações capitalistas foi viabilizada, principalmente, por meio da concentração de poder da família Coelho e sua forte articulação nacional e internacional. O caminho escolhido pela classe dominante para promover o avanço do capital foi utilizar, prioritariamente, a força de trabalho assalariada, mediante o controle das terras e das águas do rio São Francisco. A atividade da fruticultura irrigada deu ao Município de Petrolina status de um dos mais importantes polos do agronegócio no circuito do capital, promovendo a expropriação da unidade de produção camponesa, impulsionando a mobilidade do trabalho e formando uma superpopulação relativa na cidade, consequentemente vários conflitos. No atual estágio de acumulação do capital, na busca da obtenção do lucro as suas demandas se chocam com as reivindicações dos trabalhadores. A participação do Estado, por meio de políticas públicas, foi e continua sendo fundamental para mediar essas tensões e garantir a contínua reprodução do capital. O capital se mostra incapaz de ceder o mínimo às necessidades de realizações humanas. Por outro lado, embora o MST tenha avançado na luta, sem romper com a ordem do capital, por meio da ocupação do latifúndio improdutivo, termina tornando-se funcional a este, seja como extensão da transformação industrial, seja por meio da produção de alimentos, barateando o custo de reprodução da força de trabalho. Nos acampamentos e assentamentos do MST, o capital monopoliza o território, sujeitando a terra de trabalho e vida à terra de negócio: em mercadoria, só lhes restando trabalhar para o capital, especialmente nas empresas do agronegócio. Desse modo, fica evidente que a luta pela terra, pela reforma agrária se choca com a ordem capitalista em curso, tornando-se uma luta anticapitalista, ainda que nem todos que lutam por ela tenham plena convicção desse processo.
PALAVRAS-CHAVES: Camponês; Capital; Luta pela Terra; MST.
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

O projeto de qualificação de mestrado intitulado A luta pela terra na (contra)mão da ordem capitalista: uma leitura a partir da luta pela terra do MST no Município de Petrolina/PE tem como ponto de partida dois principais questionamentos: a concentração da terra no Brasil representa um entrave à realização plena da ordem capitalista ou faz parte da própria lógica de acumulação do capital? É a luta pela terra um entrave para a acumulação do capital ou ela legitima a ordem capitalista? Temos como pressupostos que a expansão das relações capitalistas de produção no Submédio São Francisco, apesar de suas especificidades, assume forma bastante semelhante ao processo que ocorreu na maior parte do território brasileiro a partir da integração e subordinação à ordem do capital imperial. No caso do Município de Petrolina-PE, a expansão das relações capitalistas foi viabilizada, principalmente, por meio da concentração de poder, econômico e político, da família Coelho e sua forte articulação nacional e internacional (CHILCOTE, 1991). O caminho escolhido pela classe dominante para promover o avanço do capital foi o de utilizar, prioritariamente, a força de trabalho assalariada, mediante o controle das terras e das águas do rio São Francisco. Contraditoriamente tem provocado vários conflitos, através do surgimento de organizações da classe trabalhadora, especialmente o MST. Em dezembro de 2010, de acordo com informações obtidas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Petrolina, o Município contavacom 03 acampamentos com 960 cadastros e 19 assentamentos rurais com 940 famílias assentadas. Esses assentamentos também envolvem outras organizações e foram conquistados por meio de desapropriações, adjudicação, compra e venda. Diante desse avanço questiona-se se a luta pela terra, empreendida pelo MST, comporta-se como uma luta especifica e imediata, pela satisfação dos camponeses, ou uma luta que, ao se orientar por um projeto político, aponta para além da ordem do capital? Entre os objetivos delineados procuraremos identificar os principais desafios impostos pelo Estado e pelo Capital à luta pela reforma agrária. Nesse sentido é imprescindível refletir sobre o caráter da luta pela terra. Por isso, faz-se necessário entender o contexto em que determinados discursos e posicionamentos são assumidos, bem como seu desdobramento no campo da luta política, da disputa de projetos, envolvendo a classe trabalhadora e, portanto, o campesinato.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 426611 - ALEXANDRINA LUZ CONCEICAO
Externo ao Programa - 1862007 - CHRISTIANE SENHORINHA SOARES CAMPOS
Interno - 2342651 - ERALDO DA SILVA RAMOS FILHO
Externo à Instituição - RAIMUNDA ÁUREA DIAS DE SOUSA

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