Banca de DEFESA: MOACIR ARAÚJO DE SOUSA
18/03/2014 12:05
O objetivo deste estudo foi analisar a territorialização da confecção de bordados em Sergipe, relacionando-a com as redes, fluxos e a subordinação do trabalho. Investigar a territorialização do bordado sergipano envolve analisar o comportamento das comunidades assentadas nos territórios em que o bordado se processa. A Geografia é utilizada nesse contexto como ferramenta científica para o entendimento da diferenciação de lugares, territórios e regiões como produto das relações travadas entre os homens e destes com a própria natureza. Os procedimentos deste estudo, sob a orientação do método hipotético–dedutivo, foram divididos em três etapas: 1) trabalho de gabinete, 2) trabalho de campo e 3) síntese. A primeira etapa incluiu a revisão de literatura, a consulta a instituições relacionadas ao bordado (SEBRAE, SEDETEC e Associações) e o levantamento cartográfico. A segunda etapa incluiu a aplicação de questionários, a realização de entrevistas e o registro fotográfico. A terceira etapa correspondeu à análise dos dados coletados. Os resultados alcançados confirmaram a hipótese de que a territorialização da confecção de bordados no estado de Sergipe, da forma como tem se estabelecido ao longo dos anos, favorece a construção de “territórios de exploração”. Nestes territórios, os atores menos favorecidos econômica e socialmente são dominados e explorados como mão de obra farta e barata pelos atores que de alguma forma se destacam por deterem meios econômicos, sociais e políticos que lhes conferem os mecanismos necessários à apropriação do território, usando-o para a satisfação de suas necessidades.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19130-f2d2efc73e