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Banca de DEFESA: JOSEFA LUSITÂNIA DE JESUS BORGES
24/02/2014 15:15


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSEFA LUSITÂNIA DE JESUS BORGES
DATA: 12/03/2014
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO - DIDÁTICA II
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES DO TRABALHO MÉDICO EM SAÚDE DA FAMÍLIA – algumas considerações sobre Brasil e Portugal
PALAVRAS-CHAVES: Trabalho. Saúde. Qualificação. Formação. Construção Identitária.
PÁGINAS: 279
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O mundo do trabalho, assim como o mundo da formação, tem especificidades diferenciadas que são tanto paradoxais como complementares e influenciam o processo de socialização. Em vista disso, este estudo objetivou analisar as representações e experiências de médicos que atuam nas equipes de Saúde da Família no Brasil/Aracaju e em Portugal. Especial destaque foi atribuído à construção de suas trajetórias e identidades diante dos novos requisitos de qualificação e de demandas por novas competências. Dada à natureza do objeto, adotou-se a abordagem qualitativa com inspiração histórico-dialética, considerando-se a relação macro-micro, coletivo-individual, com seus conflitos e contradições no estudo de multicasos. Compreende-se que as formas de sociabilidades diferenciam-se e são marcadas por especificidade e contradições; nessa direção, os sujeitos, como atores individuais e coletivos inseridos em determinados contextos organizacionais e institucionais, tanto criam relações sociais como também são produto destas. Para tanto utilizaram-se diferentes fontes de informação. A investigação bibliográfica discutiu os aportes metodológicos, conceituais da política de qualificação e do trabalho; na análise documental foram eleitos e codificados os discursos referentes ao contexto de trabalho dos médicos da ESF e da USF, a sua estrutura organizacional e a relação com os requisitos de qualificação presentes nos documentos nas duas realidades estudadas. A observação sistemática foi realizada no desenvolvimento dos cursos de qualificação ofertados para os profissionais médicos que exercem suas atividades na ESF, no Brasil/Aracaju, e na USF/Portugal, através do Centro de Educação Permanente em Saúde (CEPS) e da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN). Foi privilegiada a entrevista semiestruturada para captar as representações sociais de 24 médicos participantes da pesquisa. Os resultados demonstram o distanciamento e a fragilidade do modelo da formação inicial dos médicos, baseado na racionalidade técnica, descontextualizada para atender as demandas de trabalho dos profissionais que atuam sob o prisma da Atenção Primária à Saúde. A passagem de uma representação tecnicista do Médico de Família para uma representação mais interdisciplinar, com forte ênfase no social, é uma tendência observada nas duas realidades. Nos dois contextos estudados, tal dimensão mostra-se marcada por conflitos, processo de negação-afirmação frente ao saber-poder do médico. Esse profissional constrói-se enquanto um sujeito social e singular, na relação com os colegas e com os usuários. Portanto, não se pode falar da identidade médica, sem considerar sentido e o significado que o seu contexto de ação imprime na sua conformação. Para os sujeitos da pesquisa, o trabalho significa um locus privilegiado de produção social de identidades. Ao mesmo tempo, no caso do Brasil/Sergipe/Aracaju, observa-se a necessidade de uma aproximação mais efetiva dos processos de qualificação ofertados pelos organismos oficiais. Percebeu-se a necessidade de espaço de negociação efetiva entre gestores e profissionais das equipes da ESF. A política de educação permanente desenvolvida em nível local mostra-se fragmentada, direcionada para adequação ou consecução de uma nova demanda no interior do processo de trabalho, ou seja, para o trabalho prescrito. Todavia, conclui-se que, mesmo diante das dificuldades, tal política vem produzindo mudanças parciais nas práticas, nas relações sociais, nos processos de socialização desses sujeitos ainda que esses não tenham consciência disso.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 731.071.581-00 - BERNARD JEAN JACQUES CHARLOT
Externo à Instituição - CARMEN FONTES DE SOUZA TEIXEIRA
Externo ao Programa - 2512859 - FRANK NILTON MARCON
Externo à Instituição - MARIA HELENA MACHADO SOUZA
Presidente - 155.249.575-20 - MARIA HELENA SANTANA CRUZ

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